STF lança exposição em memória dos ataques golpistas de 8 de Janeiro; veja ao vivo
Cerimônia dá início aos eventos de rememoração da data em que golpistas invadiram os prédios dos Três Poderes
O Supremo Tribunal Federal (STF) realiza nesta segunda-feira, 8, uma cerimônia de lançamento da exposição "Pontos de Memória", que relembra o ataque sofrido pela Corte durante os atentados golpistas do dia 8 de Janeiro do ano passado. O ato dá início aos eventos institucionais de rememoração da data pelos Três Poderes.
O início da cerimônia foi marcado por um minuto de silêncio para relembrar o começo da invasão ao STF, às 15h40 daquele dia 8 de Janeiro. Na sequência, os ministros e convidados foram direcionados ao plenário da Corte para assistir um vídeo. A gravação trouxe imagens do quebra-quebra intercaladas pelas falas de todos os ministros da Corte e de ex-integrantes do tribunal que ainda eram membros no dia do atentado.
"Estamos aqui para manter viva a memória desse país que nós não queremos. Esse país do desrespeito, da violência eleitoral e do ataque às instituições", disse o presidente do STF, Luís Roberto Barroso, em discurso no plenário.
O evento contou com a presença dos presidentes de tribunais superiores, como o Superior Tribunal de Justiça (STJ), p Tribunal Superior do Trabalho (TST) e o Superior Tribunal Militar (STM), e do novo procurador-geral da República, Paulo Gonet Branco, que coordenará o grupo de investigação dos atos golpistas. A ex-presidente do STF Rosa Weber também participará da cerimônia. Ela chefiava a Corte no dia 8 de Janeiro de 2023 e comandou a reforma do plenário em 24 dias.
O lançamento da exposição deve durar pouco, porque Barroso participará da cerimônia organizada pelo governo Lula no Congresso também para destacar o triunfo das instituições democráticas sobre o golpismo.
Estão presentes também os ministros do STF Alexandre de Moraes, Gilmar Mendes, Edson Fachin, Carmen Lúcia e Cristiano Zanin. O atual ministro da Justiça, Flávio Dino, que deve assumir a cadeira de Rosa Weber na Corte, também participa do evento. Ausentaram-se Luiz Fux, Dias Toffoli e os dois ministros indicados pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, Kassio Nunes Marques e André Mendonça.
Em 8 de janeiro do ano passado, apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro, insatisfeitos com sua derrota nas eleições de 2022 e com a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), invadiram e danificaram os palácios do Planalto, do Congresso e do STF. O Ministério Público Federal (MPF) calculou que os custos com o vandalismo ultrapassam R$ 25 milhões — a maior parte no Supremo.