STF proíbe vaias, cartazes e palmas em julgamento sobre denúncia contra Bolsonaro
Também é proibido falar ao celular, filmar ou fotografar a sessão
O STF reforçou regras para a sessão de julgamento sobre a denúncia de trama golpista envolvendo Jair Bolsonaro e aliados. Medidas incluem proibição de manifestações e falar ao celular no plenário.
As regras para acompanhar a sessão de análise da denúncia sobre a trama golpista, envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros sete aliados, foram reforçadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Entre elas, está proibido vaiar e bater palmas durante o julgamento, que ocorre nesta terça e quarta-feira, 25 e 26.
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As medidas são tomadas para não atrapalhar o rito dos ministros da Primeira Turma do STF, formada por Cristiano Zanin, Cármen Lúcia, Luiz Fux, Alexandre de Moraes e Flávio Dino.
Fica proibido durante a sessão:
- Falar ao celular;
- Filmar ou fotografar;
- Consumir comidas e bebidas no plenário;
- Qualquer manifestação de apoio ou repúdio, como palmas, gritos, vaias ou até cartazes, por exemplo.
É obrigatório:
- Manter o celular no modo silencioso;
- Ficar em pé no início e retorno da sessão;
- Manter silêncio.
Apesar das regras, Moraes foi brevemente interrompido durante a leitura do relatório que lista as condutas dos oito acusados. Os gritos, ouvidos por todos, foram feitos de fora do plenário. No ato provocativo, o ministro escutou palavras de ordem, como "arbitrário".
Após a breve interrupção, Moraes concluiu a leitura do relatório e passou a palavra ao procurador-geral da República, Paulo Gonet. Informações dão conta que os gritos foram do ex-desembargador Sebastião Coelho, atual advogado de Felipe Martins --que também foi denunciado pela tentativa de golpe, mas não compõe o núcleo que está sendo julgado.
Somente estão presentes na sessão as autoridades, como os ministros e Paulo Gonet, Procurador-Geral da República (PGR), além dos advogados e jornalistas que receberão permissão para estar no plenário.
Bolsonaro acompanha o julgamento da denúncia junto de seu advogado, na primeira fila do plenário do STF.