Suspeito de tentar explodir bomba no Aeroporto de Brasília confessa ter deixado artefato em caminhão
Alan Diego dos Santos confessou a autoria do crime e afirmou que contou com a ajuda de George Washignton de Oliveira, já preso
Alan Diego dos Santos Rodrigues, de 32 anos, investigado por suspeita de participação na tentativa de explosão de uma bomba próximo ao Aeroporto Internacional de Brasília, confessou que deixou a bomba apoiada nos paralamas do caminhão tanque. Ele se entregou na quarta-feira, 17, na Delegacia da Polícia Civil de Comodoro, na região oeste de Mato Grosso.
Em depoimento à Polícia Civil do Distrito Federal, ele afirmou que teve ajuda de George Washignton de Oliveira, 54 anos, preso no dia 24 de dezembro por tentativa de atentado. De acordo com o jornal Correio Braziliense, ele confirmou a versão apresentada por George, que a ideia de produzir e deixar o artefato explosivo na área do aeroporto partiu de Alan.
Além de confessar a autoria, o homem também afirmou que contou com o apoio de George para colocar a bomba no caminhão-tanque, que tinha mais de 60 mil litros de combustível de aviação. Alan também afirmou que seu colega foi quem produziu o artefato.
Suspeitos
Na semana passada, ele, George e Wellington Macedo de Souza, se tornaram réus após o juízo da 8ª Vara Criminal do Distrito Federal aceitar a denúncia contra ele e mais dois investigados pelo crime.
George Washington foi preso na noite do dia 24 de dezembro, e confessou a montagem do explosivo. Segundo informou à Polícia, a ideia inicial era colocar o dispositivo em um caminhão de combustíveis, e que a ação era "plano com manifestantes (acampados no entorno) do Quartel-General do Exército para provocar decretação de estado de sítio e impedir a instauração do comunismo no Brasil".
Com ele, foram apreendidas duas espingardas, um fuzil, dois revólveres, três pistolas, centenas de munições, uniformes camuflados e outras cinco emulsões explosivas. Além do explosivo encontrado nos arredores do aeroporto, Sousa ainda revelou planos de instalar artefatos em postes de energia nas proximidades da subestação de distribuição em Taguatinga.
Wellington Macedo de Souza, que foi assessor da ex-ministra Damares Alves, também está envolvido no esquema, conforme aponta a Polícia Civil. Em setembro de 2021, ele foi preso pela Polícia Federal no inquérito aberto para investigar a organização de manifestações violentas no feriado de 7 de Setembro.