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Política

TCU diz que há indícios de falhas no sistema ministerial e defende aumentar a segurança cibernética

A auditoria do Tribunal de Contas da União aponta que há uma investigação inicial sobre os ataques ao Siafi que ocasionaram no desvio de R$ 14 milhões Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) e da Justiça Eleitoral

31 jul 2024 - 21h25
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O Tribunal de Contas da União (TCU) divulgou nesta quarta-feira, 31, que há indícios de "falhas sistêmicas" no Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal (Siafi). O programa, que é o canal oficial de pagamentos da União, é gerido pelo Tesouro Nacional e serve para registro e acompanhamento orçamentário de recursos do Governo Federal.

Em abril deste ano veio a público que o Siafi foi invadido e que, a partir disso, R$ 14 milhões foram desviados do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) e da Justiça Eleitoral. A quantia tinha como destino original a empresa pública de tecnologia Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro).

Após a invasão, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), protocolou um requerimento à Corte solicitando informações a respeito do caso. No documento, o deputado levanta uma séries de questionamentos para saber o que já estava e o que seria feito sobre o problema.

A apresentação do TCU é em resposta a essas perguntas. O órgão informa que já existe uma investigação em fase inicial em que o Ministério Público de Contas pede que o Tribunal atue em colaboração com a Polícia Federal (PF), com a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e com o Banco Central (BC) para identificar como ocorreram as violações. Porém, a Corte diz aguardar o relatório do incidente que ainda não foi enviado pela Secretaria do Tesouro Nacional (STN).

Sede do Tribunal de Contas da União (TCU)
Sede do Tribunal de Contas da União (TCU)
Foto: Andre Dusek/Estadão / Estadão

"Neste momento, aquele processo se encontra em fase de saneamento, aguardando resposta à diligência endereçada à Secretaria do Tesouro Nacional (STN). Após o término da coleta das evidências, este Tribunal apreciará a representação", diz trecho do documento.

A Corte informa que, por enquanto, o STN afirma que o Siafi passou por "diversas alterações" e que uma nova arquitetura de segurança fora proposta. Entretanto, o TCU também aponta que, na última semana, houve um "incidente grave" em que hackers atacaram o Sistema Eletrônico de Informação (SEI) e que isso afetou seu uso por repartições públicas, como ministérios, o Controle de Atividades Financeiras (Coaf) e a Casa da Moeda.

"O incidente tratado neste feito não constitui ocorrência isolada, já que o Poder Público tem enfrentado um aumento na frequência e na intensidade dos ataques cibernéticos, capazes de ocasionar enormes prejuízos ao erário e à eficiência da atividade estatal", relata.

O TCU conclui argumentando que "há a necessidade urgente de aprimoramento na segurança cibernética estatal", pois o avanço da digitalização dos documentos, processos e procedimentos no meio público precisa ter uma gestão de risco com mapeamento dos "possíveis eventos desfavoráveis e suas respectivas probabilidades e impactos", além de criar mecanismos para evitar esses incidentes ou diminuir as novas ocorrências e os efeitos que possam causar.

Estadão
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