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Política

Tebet se diz surpresa com convite para pasta onde mais tem divergências com Lula 

Ministra do Planejamento foi importante apoio para o presidente durante o segundo turno das eleições

5 jan 2023 - 11h34
(atualizado às 22h39)
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Simone Tebet assume Ministério do Planejamento:

Simone Tebet (MDB) assumiu nesta quinta-feira, 5, o cargo de ministra do Planejamento após convite do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A emedebista foi importante apoio para o petista durante o segundo turno das eleições presidenciais. 

Em cerimônia com presença de autoridades e parlamentares, Tebet discursou no Palácio do Planalto, em Brasília, e revelou ter ficado surpresa ao ser convidada para comandar a pasta e trabalhar em uma pauta que, segundo ela, é onde possui mais divergências com o petista.

"Quando abri a carta de Lula e li 'Ministério do Planejamento e Orçamento', eu abri a boca para dizer que era um equívoco, porque é na pauta econômica que temos mais divergências, e Lula simplesmente me ignorou, como quem diz: 'Isso que eu quero, sou um presidente democrata, não quero só os iguais, quero os diferentes para somar'. E assim se constrói uma nação soberana, igual e justa para todos", afirmou.

Em seu discurso, Tebet agradeceu a Deus e a Lula pela "confiança absoluta" de lhe entregar uma das pastas mais importantes do governo. A nova ministra também mencionou jovens que conheceu durante a posse de Marina Silva (Rede) na quarta-feira, 4.

José Sarney, Simone Tebet e Geraldo Alckmin
José Sarney, Simone Tebet e Geraldo Alckmin
Foto: Reprodução

"Quando vejo essas meninas, com idade para serem minhas filhas, vejo que não estava na hora de voltar para casa, precisava continuar fazendo política em nome de todas as filhas e filhos das Marias desse Brasil", afirmou. "O Ministério do Planejamento trata do futuro, mas também do presente (...) e do Brasil que queremos ser".

A ministra completou que terá ao seu lado um time econômico que fará a diferença e fará o governo Lula dar certo, com garantia de recursos para as políticas públicas e para que ministros e ministras possam cumprir suas responsabilidades.

Tebet também elogiou o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT) - presidente no evento -, a quem chamou de "o mais importante ministro da Esplanada" e que tem "a chave do cofre na mão".

Responsabilidade com gastos públicos e críticas a Bolsonaro 

Tebet disse ainda que haverá em sua gestão preocupação com política social, mas também com a política fiscal, e fez projeções. "Não vamos descuidar dos gastos públicos", afirmou. "A política social é central neste governo para o País neste momento dramático que vivemos, mas não há política social sustentável sem uma política fiscal responsável. Seremos responsáveis com os gastos públicos". 

"Pensando no presente: pão a quem tem fome, abrigo a quem não tem teto, hospital aos enfermos e emprego aos desempregados", pontuou. "Pensando no futuro: escola de qualidade, ciência e tecnologia, esporte e cultura para crianças e jovens, meio ambiente e sustentabilidade para casa uma das pastas e cada item do Orçamento a pedido de Lula, Marina [Silva], Alckmin e equipe econômica".

A ministra também mencionou e fez críticas ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). "Quem saiu deixou uma terra arrasada. Em retirada, o capitão e sua tropa deixaram para trás sementes de destruição. Mesmo assim, vamos avançar e cuidar das boas sementes, porque o Brasil sempre foi terra fértil". 

Ela também prometeu que o orçamento público será pensando nas minorias e necessitados. "Os pobres estarão prioritariamente no orçamento público. A primeira infância, idosos, mulheres, povos originários, pessoas com deficiência, LGTBQIA+. Passou da hora de dar visibilidade aos invisíveis. Tem de abarcar todas essas prioridades, sem deixar de ficar de olho na dívida pública". 

Antes de Tebet, discursaram autoridades como a senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA), o ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), e a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco. Estavam presentes ainda Geraldo Alckmin (PSB), vice-presidente da República, Esther Dweck, ministra da Gestão e o ex-presidente José Sarney (MDB), a quem Tebet mencionou como o presidente por trás da transição pacífica de uma ditadura militar para a democracia brasileira.

Fonte: Redação Terra
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