Temer admite divergências no PMDB e espera que reforma política reduza número de partidos
O vice-presidente Michel Temer reconheceu nesta terça-feira a existência de divergências internas dentro do PMDB e disse esperar que a reforma política em discussão no Congresso tenha como consequência natural a redução do número de partidos.
Em audiência na comissão especial que discute a reforma política na Câmara dos Deputados, Temer, que falou como presidente do PMDB, defendeu ainda o fim do voto proporcional para deputados.
“Hoje temos uma atomização partidária e intrapartidária, com muitas divergências internas dentro dos partidos, como ocorre dentro do meu próprio partido”, disse Temer, segundo a Agência Câmara.
O vice afirmou ainda que um fracasso na realização da reforma política gerará uma "grande decepção" na população.
Temer defendeu o financiamento empresarial de campanhas, desde que as empresas possam doar para apenas um partido. Na avaliação do presidente do PMDB, isso teria um "efeito moralizador" no financiamento de campanhas.
Ele avaliou ainda que o financiamento puramente público de campanhas, uma bandeira do PT, seria difícil de justificar para a opinião pública.
Temer defende que o Congresso faça a "reforma possível", escolhendo três ou quatro temas prioritários para realizar a reformulação no sistema político do país.
(Por Eduardo Simões, em São Paulo)