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Política

Temer diz que manifestações ocorreram "livremente"

29 abr 2017 - 11h45
(atualizado às 11h45)
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O presidente Michel Temer se manifestou, no início da noite de ontem (28), sobre as manifestações ocorridas contra as reformas trabalhista e da Previdência. Em nota, Temer afirmou que "houve a mais ampla garantia ao direito de expressão, mesmo nas menores aglomerações". O presidente acrescentou que os debates sobre as reformas - alvo de críticas das centrais - continuarão a tramitar no Congresso Nacional.

Polícia Militar e manifestantes entraram em confronto no centro do Rio durante protesto contra as reformas trabalhista e da Previdência
Polícia Militar e manifestantes entraram em confronto no centro do Rio durante protesto contra as reformas trabalhista e da Previdência
Foto: Tomaz Silva/ Agência Brasil

"As manifestações políticas convocadas para esta sexta-feira ocorreram livremente em todo País. […] O governo federal reafirma seu compromisso com a democracia e com as instituições brasileiras. O trabalho em prol da modernização da legislação nacional continuará, com debate amplo e franco, realizado na arena adequada para essa discussão, que é o Congresso Nacional", disse o presidente.

O presidente considerou "lamentáveis" os atos de violência, como os ocorridos no Rio de Janeiro, onde manifestantes e policiais iniciaram um confronto no final da tarde. "Infelizmente, pequenos grupos bloquearam rodovias e avenidas para impedir o direito de ir e vir do cidadão, que acabou impossibilitado de chegar ao seu local de trabalho ou de transitar livremente", disse. 

Temer encerrou a declaração afirmando que os trabalhadores lutam intensamente, "de forma ordeira e obstinada", para superar a "maior recessão econômica que o País já enfrentou em sua história".

"A esse esforço se somam todas as ações do governo, que acredita na força da unidade de nosso País para vencer a crise que herdamos e trazer o Brasil de volta aos trilhos do desenvolvimento social e do crescimento econômico", finalizou.

A greve geral, convocada pelas centrais sindicais, mobilizou trabalhadores de diversas categorias em todo o País. Na visão dos manifestantes, as reformas enfraquecem as relações de trabalho e obrigam o trabalhador a "pagar a conta" do déficit da Previdência Social e das dívidas de grandes empresas com a Previdência, que podem chegar a R$ 430 bilhões. As duas maiores entidades sindicais do País - Central Única dos Trabalhadores (CUT) e Força Sindical - avaliam como exitosas as manifestações e paralisações ocorridas durante o dia de hoje.

Mais cedo, o ministro da Justiça, Osmar Serraglio, declarou que as manifestações foram menores do que o esperado pelo governo. "Eu avalio com otimismo. Nós tínhamos a expectativa de uma manifestação muito expressiva, e isso não aconteceu", disse.

Mensagem no Dia do Trabalho

Temer gravou ontem

uma mensagem que será divulgada na próxima segunda-feira (1º), Dia do Trabalho. A mensagem será divulgada apenas pela internet. Nela, o presidente vai defender as reformas trabalhista e previdenciária, que o governo considera fundamentais para a geração de empregos e o crescimento econômico.

Veja também:

Greve geral tem protestos em várias cidades do País:
Agência Brasil Agência Brasil
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