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Política

Temer: Mercosul segue vigilante sobre crise na Venezuela

Presidente anunciou que irá a Roraima, onde está a maior parte dos venezuelanos que imigraram para o Brasil

18 jun 2018 - 14h26
(atualizado às 14h50)
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O presidente Michel Temer disse nesta segunda-feira (18) que o Mercosul segue vigilante sobre a crise venezuelana, e o momento não permite hesitações.

"Nós temos dever de fidelidade aos valores essenciais de nossos povos: democracia, liberdades fundamentais, direitos humanos", disse Temer em reunião do Mercosul, em Assunção.

"Não foi por outra razão que nós aplicamos o protocolo de Ushuaia diante, lamentamos dizer, de uma certa ruptura existente na ordem democrática da Venezuela. E nós continuamos vigilantes frente a eventual deterioração humanística, digamos assim, no quadro daquele país."

Presidente paraguaio, Horácio Cartes, recebe presidente Michel Temer para cúpula do Mercosul em Luque
Presidente paraguaio, Horácio Cartes, recebe presidente Michel Temer para cúpula do Mercosul em Luque
Foto: Jorge Adorno / Reuters

A Venezuela vive grave crise político-econômica e milhares de venezuelanos têm deixado o país em direção a seus vizinhos, como o Brasil.

"Portanto, um povo irmão da América do Sul atravessa um momento preocupante e, portanto, não há espaço para hesitações", acrescentou Temer.

O presidente aproveitou para dizer que irá a Roraima na terça-feira (19), onde se concentra a grande maioria dos venezuelanos que migraram para o Brasil nos últimos meses.

União Europeia

Em seu discurso, Temer defendeu ainda a abertura comercial do Mercosul --bloco formado por Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai e Venezuela, que está suspensa-- e a importância das negociações com a União Europeia.

"Eu acho que nós, durante muito tempo, trabalhamos para este acordo com a União Europeia. Penso, entretanto, que nós incentivamos e acentuamos muito mais as nossas negociações nesses últimos anos. Não é sem razão que as negociações com a União Europeia avançaram enormemente nesses últimos tempos", disse.

"Nós sabemos que na atividade político-econômica nem tudo se resolve de um dia para o outro, de um ano para o outro", acrescentou. "Nós não devemos abandonar a ideia desta aliança... porque, na premissa que levantei, segundo a qual o nosso trabalho há de ser um trabalho cada vez mais de abertura para o mundo, fechar essa porta agora significa impedir o caminho das negociações que nestes últimos tempos, com todos os naturais embarassos, tem tido razoável sucesso."

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