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Política

Renan vê rejeição "quase universal" a Temer e aposta em Maia

7 jul 2017 - 15h51
(atualizado às 15h54)
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Foto: Edílson Rodrigues/Agência Senado

O ex-líder do PMDB e ex-presidente do Senado Renan Calheiros (AL) afirmou nesta sexta-feira que o governo do presidente Michel Temer tem uma rejeição "quase universal" e que o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), é a opção constitucional para buscar sair da crise política.

"O governo tem uma rejeição quase que universal. A sociedade quer se ver livre do governo de qualquer forma, por isso nós não podemos deixar de olhar a saída constitucional", disse Renan à Reuters. "Rodrigo Maia, ele é a saída constitucional e nada mais recomendável olhar para ela."

Desafeto histórico de Temer dentro do PMDB, o senador deixou a liderança do partido na semana passada com fortes críticas ao governo do correligionário a quem disse ter uma "postura covarde" diante dos direitos trabalhistas.

Em pronunciamento, o ex-líder também insinuou que Temer poderá não completar o mandato pelo que classificou de "erro" do presidente de achar que iria governar influenciado por um "presidiário" --numa referência indireta ao ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ), preso na operação Lava Jato.

À Reuters, Renan disse que Temer não compreendeu o papel que a história reservou para ele e, por isso, tem tido dificuldades para continuar no cargo. Uma das queixas do peemedebista é que, logo após o Carnaval, o governo colocou pessoas ligadas a Eduardo Cunha em posições de destaque, como o atual líder do governo na Câmara, André Moura (PSC-SE).

Para o senador, que concedeu a entrevista por telefone do interior de Alagoas, onde tem cumprido agenda política, com o passar do tempo "foi ficando claro" qual a correlação de forças na política que Temer gostaria de privilegiar.

Renan foi um dos últimos entre os quadros mais importantes do PMDB a aderir à solução Temer no ano passado. Então presidente do Senado, o peemedebista só deixou de apoiar a ex-presidente Dilma Rousseff quando o impeachment tornou-se inevitável. Sob Temer, ele se aproximou no início, mas com o passar do tempo distanciou-se do governo com fortes críticas à agenda de reformas do atual presidente.

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