'Tenho remédio para sua garganta', promete militante em carta entregue à Lula
Presidente retorna à sede do governo de transição nesta segunda-feira, 28, para reunião com vice Geraldo Alckmin e coordenadores do governo eleito
O deputado José Guimarães (PT-CE) recebeu uma encomenda assim que chegou ao Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), nesta segunda-feira, 28. Com um pacote de biscoitos caseiros nas mãos e uma carta, a militante Maria Elisabeth de Negueiros que pediu que o agrado e a mensagem fossem entregues ao presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva.
"Tenho o remédio para a sua garganta", escreveu a militante. José Guimarães agradeceu e disse que vai levar os biscoitos e a carta ao presidente.
A militante não revela na carta a receita medicinal e pede para que Janja, mulher de Lula entre em contato com ela para repassar receita de remédio para a garganta.
Esta é a segunda vez que Lula comparece ao CCBB, sede do governo de transição. Uma reunião está prevista com o vice Geraldo Alckmin. Lula chegou ao local antes das 12h, acompanhado da presidente do PT, Gleisi Hoffmann, do ex-ministro Aloizio Mercadante, do ex-prefeito Fernando Haddad, do ex-ministro Jaques Wagner e do empresário Paulo Okamotto. A primeira dama Rosângela da Silva, a Janja, já estava no CCBB quando Lula chegou.
Há uma semana, Lula foi internado no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, para a realização de um procedimento na laringe, com biópsia, após descobrir uma leucoplasia - quando há lesão no local. Lula recebeu alta na segunda-feira, 21, pela manhã. O procedimento foi bem-sucedido e o petista se recuperou em casa.
Segundo o boletim médico divulgado pelo Sírio-Libanês, Lula foi submetido a uma "laringoscopia para retirada de leucoplasia da prega vocal esquerda", que demonstrou "ausência de neoplastia" - quando não há tecido possivelmente cancerígeno. O presidente teve um tumor cancerígeno no local em 2011.
"Sei que tem muitas Marias precisando falar com você, mas fiz esse biscoito pra você comer e lembrar de Dona Lindú e nunca mais esquecer de mim", escreveu, na carta, a militante Maria Elisabeth de Negueiros, em referência à mãe de Lula, Eurídice Ferreira de Melo.