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Política

"Tentam criar fato político", diz Heleno sobre caso Marielle

Chefe do GSI critica reportagem da TV Globo e alega que emissora 'usou, levianamente, o depoimento de um porteiro'

30 out 2019 - 09h35
(atualizado às 09h53)
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O chefe do Gabinete de Segurança Pública Institucional da Presidência da República (GSI), o general Augusto Heleno, criticou nesta quarta-feira, 30, em sua conta no Twitter a reportagem da TV Globo que vincula o presidente Jair Bolsonaro a um dos acusados de matar a vereadora Marielle Franco (PSOL) em 2018.

Augusto Heleno, chefe do Gabinete de Segurança Pública Institucional da Presidência da República (GSI)
Augusto Heleno, chefe do Gabinete de Segurança Pública Institucional da Presidência da República (GSI)
Foto: MARCELO CAMARGO/AGENCIA BRASIL-10/7/2019 / Estadão Conteúdo

"Tentam criar fato político que desestabilize o País e fomente violentas manifestações, como as que ocorrem em outros países da América Latina. Não querem o bem do Brasil, desejam apenas a volta dos seus privilégios", escreveu o general Heleno.

"Rede Globo, sensacionalista, ignorou a ética, a honestidade intelectual e os fatos para tentar ligar o presidente da República ao caso Marielle." Segundo ele, a emissora "usou, levianamente, o depoimento de um porteiro, com o objetivo de desestabilizar o presidente Bolsonaro a qualquer custo".

O chefe do GSI se refere ao porteiro do condomínio Vivendas da Barra, onde morava Ronnie Lessa, um dos acusados de matar a vereadora e seu motorista Anderson Gomes em março de 2018.

Segundo a reportagem, o funcionário disse, em depoimento à Polícia Civil, que um homem chamado Elcio (que seria Elcio Queiroz, o outro acusado pelo duplo homicídio) entrou no condomínio dirigindo um Renault Logan prata e afirmou que iria à casa 58, onde morava Bolsonaro. A visita teria sido feita horas antes do crime, de acordo com o relato.

Bolsonaro diz que acionará Moro para porteiro depor à PF

Em viagem à Arábia Saudita, Bolsonaro acusou o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), de atuar em conluio com o delegado da Polícia Civil encarregado pelo caso Marielle Franco para tentar incriminá-lo. Segundo Bolsonaro, Witzel o informou sobre a investigação, que corre em segredo de Justiça, no dia 9 de outubro. O presidente afirmou ainda que acionará o ministro da Justiça, Sérgio Moro, para que o porteiro do condomínio onde um dos acusados de matar a vereadora morava preste um novo depoimento à Polícia Federal.

"No meu entendimento, o senhor Witzel estava conduzindo o processo com o delegado da Polícia Civil para tentar me incriminar ou pelo menos manchar o meu nome com essa falsa acusação de que eu poderia estar envolvido na morte da Marielle", disse Bolsonaro a jornalistas na saída do hotel onde está hospedado, em Riad.

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