'Tínhamos um ótimo relacionamento', diz Chiquinho Brazão sobre Marielle
Em votação da CCJ para autorizar a sua prisão, parlamentar se defendeu e disse que não tinha embates com Marielle quando eram vereadores
Durante a votação na CCJ da Câmara para autorizar a prisão de Chiquinho Brazão, acusado de ser o mandante do assassinato de Marielle Franco, ele se defendeu e afirmou ter tido ótimo relacionamento com ela quando eram vereadores no Rio de Janeiro, entre 2016 e 2017. A votação foi adiada após pedido de vista de deputados do Novo, do PP e do Republicanos.
Durante a votação da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara para autorizar sua prisão, o deputado Chiquinho Brazão (sem partido-RJ) se defendeu e afirmou ter tido "um ótimo relacionamento" com Marielle Franco durante o período em que ambos atuaram como vereadores na cidade do Rio de Janeiro, entre 2016 e 2017.
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Brazão é acusado de ser o mandante do assassinato de Marielle em 2018. A sessão ocorreu nesta terça-feira, 26, mas foi adiada após pedido de vista de deputados do Novo, do PP e do Republicanos.
"A minha relação com a vereadora era muito boa. É só pegar as imagens da Câmara Municipal para identificar o que estou dizendo. Nós tínhamos um ótimo relacionamento", disse durante a sessão.
Na tarde desta terça-feira, o relator do caso na CCJ, Darci de Matos (PSD-SC), apresentou um parecer favorável à manutenção da prisão do parlamentar, que foi determinada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Brazão acompanhou a sessão da CCJ remotamente a partir do presídio da Papuda.
A votação só ocorrerá esta semana se o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), levar o caso diretamente ao plenário. Caso a CCJ não emita sua posição dentro do prazo de 72 horas a partir do recebimento da notificação do Supremo, Lira poderá fazê-lo somente na quinta-feira, 28, quando o prazo se encerra. Se ele optar por não fazer isso, a votação pode ser adiada para abril, devido ao recesso de feriado da Semana Santa.
Na sessão, os deputados Gilson Marques (Novo-SC), Roberto Duarte (Republicanos-AC) e Fausto Pinato (PP-SP) solicitaram mais tempo para análise, o que resultou no adiamento. Essa decisão desencadeou protestos por parte de deputados de esquerda, levando a uma discussão entre os membros da comissão.
Por ordem do STF, a PF deflagrou no domingo a Operação Murder Inc, que resultou na prisão preventiva de Chiquinho Brazão, seu irmão Domingos, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ), e o ex-chefe de Polícia Civil do Rio, Rivaldo Barbosa. Os três são suspeitos de serem os mandantes do crime.
Chiquinho Brazão foi expulso, por unanimidade, do União Brasil. A decisão foi tomada em uma reunião virtual realizada na noite deste domingo.