TRF-3 sofre ataque hacker e suspende atendimento ao público
Os dados armazenados não foram comprometidos na invasão; não há previsão para restabelecimento dos serviços
O Tribunal Regional da 3.ª Região (TRF-3), sediado em São Paulo e com jurisdição também em Mato Grosso do Sul, foi alvo de um ataque hacker nesta quarta-feira, 30. O portal e os sistemas internos da Corte estão fora do ar e não há previsão para restabelecimento dos serviços.
Segundo a instituição, não houve "comprometimento dos dados armazenados.As diligências efetuadas pela Secretaria de Tecnologia da Informação do órgão possibilitaram a identificação do tipo de ataque sofrido e a definição da estratégia a ser seguida na apuração dos fatos e na restauração progressiva da infraestrutura tecnológica do Tribunal".
A presidente do TRF3, a desembargadora federal Marisa Santos, determinou "a suspensão dos prazos dos processos físicos e eletrônicos, no dia 1º/04, e prorrogação para o próximo dia útil subsequente, no TRF3 e nas Seções Judiciárias de São Paulo e Mato Grosso do Sul. Os prazos já haviam sido suspensos nos dias 30 e 31 de março".
De acordo com as primeiras informações divulgadas pela Corte, os dados armazenados não foram comprometidos na invasão. O tribunal ainda não confirmou, no entanto, se as informações foram acessadas pelos invasores. Também não respondeu se a Polícia Federal foi acionada.
A previsão é que os sistemas sejam restaurados 'progressivamente'. Até o momento, a Secretaria de Tecnologia da Informação do TRF-3 identificou o tipo de ataque sofrido e a estratégia tanto para a apuração do caso quanto para a recuperação da infraestrutura de tecnologia da Corte.
O tribunal lançou um site alternativo, mais simplificado, para fornecer informações até a normalização dos sistemas.
O TRF-3 já havia sofrido um ataque cibernético no início do ano passado, quando hackers tentaram manipular listas de beneficiários em pelo menos oito processos para liberar até R$ 649 mil. A investigação foi aberta depois que dois magistrados detectaram alterações em documentos, com uso fraudulento de suas assinaturas digitais. Os suspeitos pela invasão chegaram ser alvo de buscas na Operação Escalada Cibernética e hoje respondem a um processo na Justiça Federal.