Vacina, joias e tentativa de golpe: Bolsonaro e dois ex-assessores estão indiciados em três inquéritos
Polícia Federal concluiu a investigação sobre a tentativa de golpe em 2022 nesta quinta e indiciou 37 pessoas, entre políticos e militares
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o seu ex-ajudante de ordens, Mauro Cid, e o seu ex-assessor especial, Marcelo Costa Câmara, estão indiciados ao mesmo tempo em três inquéritos: o das joias sauditas, o da fraude no cartão de vacina de covid-19 e o da tentativa de golpe de Estado.
Receba as principais notícias direto no WhatsApp! Inscreva-se no canal do Terra
Nesta quinta-feira, 21, a Polícia Federal (PF) concluiu a investigação sobre a tentativa de golpe em 2022. Além de Bolsonaro, os ex-ministros general Braga Netto (Casa Civil e Defesa) e general Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional) e o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, foram indiciados.
Ao todo, são 37 indiciamentos entre políticos e militares da ativa e reserva, pelos crimes de:
- abolição violenta do Estado Democrático de Direito;
- golpe de Estado; e
- organização criminosa.
A PF apurou a existência de uma organização criminosa que teria atuado de forma coordenada para tentar manter Bolsonaro no poder depois das eleições de 2022.
O indiciamento significa que a corporação viu indícios suficientes para considerar que crimes foram praticados no caso e formalizou isso em um inquérito. O relatório final foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF).
Já em março deste ano, foi concluída a apuração sobre um esquema de falsificação de cartões de vacina da covid-19. De acordo com a investigação, o grupo teria incluído informações falsas em um sistema para beneficiar o ex-presidente e outras pessoas. Supostamente, as falsificações garantiria a entrada nos Estados Unidos. No total, contando com Bolsonaro, 17 pessoas foram indiciadas.
Em julho, por sua vez, o ex-chefe do Executivo e outras 11 pessoas foram indiciadas por suspeita de negociação indevida de joias sauditas que foram recebidas por Bolsonaro durante seu mandato. Tanto neste caso, como no da falsificação dos cartões de vacina, a Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu novas diligências para complementar o que já foi apresentado.