"Vamos tentar abrir até o natal", afirma Paulo Pimenta sobre a reabertura do Aeroporto Salgado Filho
Ministro também destaca que não existe qualquer desalinhamento entre as partes envolvidas, mas sim que os desafios apresentados são totalmente técnicos
O ministro extraordinário da Reconstrução do RS, Paulo Pimenta, afirmou nesta segunda-feira (3) ao programa RaioX que a situação do Aeroporto Internacional Salgado Filho é muito grave. Em sua análise, ele acredita que o espaço não irá reabrir antes de dezembro. Pimenta também destaca que não existe qualquer desalinhamento entre as partes envolvidas, mas sim que os desafios apresentados são totalmente técnicos.
"A administração do aeroporto informou que todos os equipamentos de navegação e sinalização vão precisar ser recomprados. Se o pedido fosse feito hoje, por exemplo, apenas daqui quatro meses que iríamos receber. Além disso, esse pedido só pode ser feito depois de concluída a sondagem de estragos e esse serviço vai levar 45 dias. Fora todo o tempo de instalação e testagem… Então eu acho que não reabre antes de dezembro. Eu acho que a gente tinha que ter um objetivo, como por exemplo fazer funcionar até o natal", explica.
Pimenta também afirma que existem outras questões envolvendo a reativação do aeroporto. Ele destaca, por exemplo, o fato de que o Governo Federal deve um total de R$ 290 milhões para a Fraport, a administradora do Salgado Filho, ainda na época da pandemia. Pimenta afirma que o contrato de concessão previa um número mínimo de passageiros e, devido a crise sanitária, a empresa entrou com uma ação administrativa. O Governo Federal já reconheceu a dívida, mas o ministro destaca que está em diálogo para evitar que a Fraport "só comece após o pagamento do crédito".
O ministro fez questão de destacar que as enchentes no estado "não são lineares", pois na Região Central foi menos adversa do que em áreas como Vale do Taquari e Região Metropolitana. Pimenta também afirma que no sul do RS, as cidades tiveram mais tempo para se preparar para a enchente, mas que mesmo assim a situação é grave e foi mais forte do que o esperado.