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Política

"Vamos ter que regulamentar as redes sociais", afirma Lula

Ex-presidente fala em criar "parâmetro" para as plataformas e diz que País tem um presidente que "mente cinco vezes por dia" na internet

19 nov 2021 - 19h00
(atualizado às 19h08)
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Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva
12/08/2021 REUTERS/Carla Carniel
Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva 12/08/2021 REUTERS/Carla Carniel
Foto: Reuters

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que em seus discursos já defendeu a regulação dos meios de comunicação, afirmou na quinta-feira (18), em Bruxelas, que é necessário colocar um "parâmetro" nas redes sociais e na internet.

"Vamos ter que regulamentar as redes sociais, regular a internet, colocar um parâmetro. Uma coisa é você utilizar os meios de comunicação para educar. Outra coisa é para fazer maldade, contar mentiras, causar mal à sociedade", disse Lula. As declarações foram dadas em entrevista ao grupo S&D, na capital da Bélgica.

Na entrevista, o petista mirou Jair Bolsonaro, afirmou que o Brasil tem "um presidente que conta cinco mentiras por dia por meio das redes sociais" e disse que o País tem a necessidade de viver mais "democraticamente."

Para Lula, a proliferação de notícias falsas motivaram a ascensão e a eleição de políticos da extrema direita como Bolsonaro e o ex-presidente americano Donald Trump.

O petista também defendeu a responsabilização dos donos das plataformas sobre o conteúdo divulgado que causa dano à sociedade. "Essas pessoas precisam ter responsabilidade para não permitir que a maldade seja veiculada para causar mal às pessoas", disse.

Em setembro, Lula afirmou que, se eleito em 2022, pretende regulamentar os meios de comunicação. O assunto foi discutido na gestão do petista, principalmente no segundo mandato, mas não seguiu adiante. No final de outubro, após críticas de entidades ligadas à imprensa, Lula baixou o tom e disse que este é um assunto para ser discutido no Congresso, e não decidido pelo presidente da República.

O ex-presidente está na Europa à convite da Fundação Friedrich Ebert, associada ao Partido Social-Democrata da Alemanha (SPD), partido de centro-esquerda. Durante a viagem, Lula discursou no Parlamento Europeu, em Bruxelas, e se encontrou com lideranças políticas como os presidentes Emmanuel Macron (França), Pedro Sánchez (Espanha), e o futuro chanceler da Alemanha, Olaf Scholz.

Estadão
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