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Política

Veja imagens da perícia da PF no cavalo miniatura que Bolsonaro ganhou de Sua Alteza Real

Laudo do Instituto Nacional de Criminalística da Polícia Federal foi juntado ao inquérito das joias

23 ago 2023 - 05h25
(atualizado às 07h41)
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Jair Bolsonaro (PL)
Jair Bolsonaro (PL)
Foto: REUTERS/Ueslei Marcelino

O cavalo em miniatura dado pelo governo da Arábia Saudita ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi um dos primeiros presentes a entrar na mira da Polícia Federal (PF).

A escultura foi apreendida com uma comitiva do Ministério de Minas e Energia no aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, e submetida a uma perícia detalhada no Instituto Nacional de Criminalística da Polícia Federal.

Os exames concluíram que a miniatura é composta por material maciço e banhada a ouro. O valor estimado foi de R$ 24,8 mil, segundo o laudo.

A PF afirma que a escultura é produzida na Itália e customizada para ser presentada como um "ato protocolar de cortesia". Ela é acompanhada de uma placa dourada que diz, em inglês, "com cumprimentos de: Sua Alteza Real o Príncipe Abdulaziz bin Salman Al Saud, ministro de Energia".

"As características da escultura com motivos, elementos e detalhes que remetem à cultura do país de referência na placa, que também abrangem frase dedicatória e identificação do nome, cargo de autoridade e país, são compatíveis com peça estrangeira de boa qualidade customizada e identificada para fins de concessão em ato protocolar de cortesia", diz um trecho da perícia da PF.

A miniatura foi encontrada já quebrada na mochila de um assessor do Ministério das Minas e Energia e apreendida pela Receita Federal. A perícia afirma que a caixa onde estava o objeto também foi danificada. "A peça se encontra danificada e necessita de ação de restauro para recuperação de sua finalidade", afirmam os peritos da PF.

A perícia faz parte do inquérito que apura se Bolsonaro e seus auxiliares tentaram desviar e vender presentes diplomáticos de valor, como joias e estátuas que pensavam ser de ouro. O ex-presidente e a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro tiveram os sigilos fiscal e bancário quebrados na investigação. A PF quer saber se há transações suspeitas que liguem o casal à venda ilegal dos objetos.

Estadão
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