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Política

Veja os ministros que votaram para livrar Lula de devolver o relógio e por quem foram indicados

TCU entendeu que presidente Lula não precisará devolver o relógio Cartier de R$ 60 mil, que ganhou no primeiro mandato na Presidência durante uma viagem à França

7 ago 2024 - 18h50
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BRASÍLIA - O Tribunal de Contas da União (TCU) decidiu nesta quarta-feira, 7, que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não precisará devolver o relógio Cartier de R$ 60 mil, que ganhou no primeiro mandato na Presidência durante uma viagem à França. Dos oito ministros votantes na sessão, cinco entenderam que não existe legislação específica sobre presentes de caráter personalíssimo e de elevado valor comercial ofertados ao presidente da República.

Fachada do Tribunal de Contas da União
Fachada do Tribunal de Contas da União
Foto: Dida Sampaio/Estadão / Estadão

Outros dois divergiram, seguiram a área técnica do tribunal e votaram pelo entendimento de que Lula não precisaria devolver o relógio de luxo - pois o bem foi recebido em 2005 e, caso fosse determinada a devolução, poderia causar "insegurança jurídica". Já um ministro votou para que Lula devolvesse o Cartier e quaisquer outros eventuais bens luxuosos.

O novo entendimento da Corte de Contas favorece a defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O ex-presidente é acusado pela Polícia Federal de desviar joias e relógios de luxo da Presidência da República avaliados em R$ 6,8 milhões.

Veja como votaram os ministros e quem indicou cada um ao TCU.

Jorge Oliveira, ministro do TCU, na cerimônia de posse em 2021
Jorge Oliveira, ministro do TCU, na cerimônia de posse em 2021
Foto: Dida Sampaio/Estadão / Estadão
Jorge Oliveira
  • Indicado por: Jair Bolsonaro

Para o ministro, não existe legislação específica sobre presentes de caráter personalíssimo, apesar de entendimento firmado pelo próprio TCU em 2016. É preciso respeitar o princípio da moralidade, mas também o da legalidade. Tese favorece Lula e, sobretudo, Bolsonaro.

Jhonatan de Jesus
  • Indicado por: Câmara dos Deputados

Acompanhou o entendimento de Jorge Oliveira.

Augusto Nardes
  • Indicado por: Câmara dos Deputados

Acompanhou o entendimento de Jorge Oliveira.

Aroldo Cedraz
  • Indicado por: Câmara dos Deputados

Acompanhou o entendimento de Jorge Oliveira.

Vital do Rêgo
  • Indicado por: Senado

Acompanhou o entendimento de Jorge Oliveira.

Antonio Anastasia, ministro do TCU
Antonio Anastasia, ministro do TCU
Foto: André Dusek/Estadão / Estadão
Antonio Anastasia
  • Indicado por: Senado

TCU entendeu, em 2016, que presentes de alto valor comercial, mesmo considerados personalíssimos, devem ser devolvidos à União. Para o ministro, entendimento não poderia ser aplicada no caso de Lula agora, porque o relógio foi recebido há quase 20 anos (segurança jurídica).

Marcos Bemquerer Costa
  • Ministro-substituto

Acompanhou o entendimento de Antonio Anastasia.

Walton Alencar, ministro do TCU
Walton Alencar, ministro do TCU
Foto: Dida Sampaio/Estadão / Estadão
Walton Alencar
  • Indicado por: Fernando Henrique Cardoso

Entendimento do TCU firmado em 2016 foi realizado com base na Constituição Federal de 1988 e no princípio da moralidade. Portanto, para o ministro, todos os presidentes da República devem devolver itens luxuosos, incluindo Lula e Bolsonaro.

Estadão
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