Veja quem é o homem que destruiu o relógio de Dom João VI no Planalto
Antônio Cláudio Alves Ferreira, de 30 anos, mora em Goiás e tem passagens na polícia; ele está foragido.
O Ministério da Justiça identificou o homem que foi flagrado destruindo o relógio Balthazar Martinot, no Palácio do Planalto, durante os atos golpistas no dia 8 de janeiro, em Brasília. Antônio Cláudio Alves Ferreira, de 30 anos, mora em Catalão, no Sudeste de Goiás, e é considerado foragido. As informações foram divulgadas durante o programa Fantástico, da TV Globo.
Apesar das investigações sobre os ataques às sedes dos Três Poderes serem conduzidos pela Polícia Federal, a Polícia Civil de Goiás informou que recebeu informações anônimas sobre o paradeiro de Antônio.
“A Polícia Civil de Catalão recebeu duas ligações na terça-feira pela manhã, de maneira anônima, nas quais duas pessoas diziam que sabiam quem era o indivíduo que havia danificado aquele objeto nas manifestações em Brasília. A Polícia Civil realizou uma checagem nos nossos sistemas internos, conferimos a existência desse indivíduo com o nome completo, com todos os seus dados e registros”, explicou o delegado Jean Carlos Arruda ao Fantástico.
De acordo com os investigadores, o carro de Antônio Cláudio saiu de Catalão no dia 1º de janeiro e chegou em Brasília na madrugada do dia 2. Após os atos golpistas,o veículo retornou para Catalão.
Imagens das câmeras de segurança do Palácio do Planalto flagraram o momento em que Antônio joga a peça histórica no chão. Antônio tem passagens pela polícia por tráfico de drogas, em 2017, e por receptação, em 2014, mas os processos foram arquivados.
Relógio raro
O relógio é do século 17 e foi um presente da Corte Francesa para dom João VI. A peça foi desenvolvida por Martinot, que era relojoeiro de Luís XIV. Atualmente, existe apenas um relógio deste autor, cujo modelo está exposto no Palácio de Versailles, na França.