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Política

Villas Bôas: Tenho receio que caso Moro prejudique o País

Assessor especial do Gabinete de Segurança Institucional demonstrou preocupação com os vazamentos de mensagens do ministro

13 jun 2019 - 18h35
(atualizado às 19h56)
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O assessor especial do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Eduardo Villas Bôas, manifestou preocupação com os efeitos do caso envolvendo a suposta troca de mensagens entre o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, e procuradores da Lava Jato durante a operação.

Para o ex-comandante do Exército, a situação pode tomar um vulto que comprometa a reforma da Previdência. Ele chegou a comparar o caso com a delação da JBS durante o governo do ex-presidente Michel Temer.

O comandante do Exército, general Eduardo Dias da Costa Villas Bôas. 
O comandante do Exército, general Eduardo Dias da Costa Villas Bôas.
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil / Estadão Conteúdo

"Do ponto de vista do ministro, eu tenho receio que isso venha a tomar um vulto que venha a prejudicar o País. Nós já tivemos esse exemplo no governo Temer, quando quem saiu perdendo foi o País", afirmou Villas Bôas após reunião com os senadores Chico Rodrigues (DEM-RR) e Vanderlan Cardoso (PP-GO) no Senado.

Perguntado, ele respondeu que se referia a efeitos em propostas como a reforma da Previdência. "Mas eu acho que, com a firmeza e a transparência do ministro Moro, e bom senso, isso vai se resolver sem trazer prejuízos para os programas e projetos que estão sendo encaminhados", ponderou.

Villas Bôas minimizou o conteúdo das supostas mensagens reveladas e disse que a invasão a celulares particulares é o ponto mais grave do caso. "O que aconteceu relativo ao ministro é muito pequeno, eu não estou vendo gravidade. Eu volto ao oportunismo para tentar enfraquecer o ministro Moro e o próprio projeto de diminuição da violência", comentou.

Há dois dias, o ex-comandante do Exército divulgou uma nota nas redes sociais em que falava em "insensatez e oportunismo" para tentar esvaziar a Lava Jato.

O assessor do GSI alertou ainda para uma "vulnerabilidade perigosa" para o próprio governo e para a iniciativa privada diante do risco de invasão de mensagens.

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Estadão
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