Viúva de candidato assassinado é eleita no Rio Grande do Norte
Fatinha de Marcelo (União Brasil) recebeu 66,84% dos votos e deve assumir a prefeitura de João Dias, no sertão potiguar
Maria de Fátima Mesquita da Silva (União Brasil) foi eleita prefeita de João Dias (RN). Ela foi escolhida para concorrer pelo partido depois que seu marido, o prefeito Marcelo Oliveira, que concorria à reeleição, foi assassinado. Fatinha do Marcelo, como é conhecida, teve 66,84% dos votos.
Em agosto, Oliveira foi assassinado na cidade do sertão potiguar. Enquanto cumpria agenda de campanha, em visita a eleitores no bairro São Geraldo, foi surpreendido por oito criminosos que chegaram em dois veículos e atiraram. Marcelo chegou a ser socorrido, mas não resistiu aos 11 tiros que o atingiram. Seu pai, o ex-vereador Sandi Alves de Oliveira, que o acompanhava, também foi atingido e morreu no local. As casas na área do crime ficaram com marcas de tiros.
Após o assassinato de Oliveira, o União Brasil escolheu Fatinha para disputar as eleições, mantendo o candidato a vice-prefeito na chapa — João Pedro, também do União Brasil. Foi a segunda vez que ela concorreu a um cargo eletivo; em 2016, Fatinha foi eleita vereadora.
Em um vídeo publicado nas suas redes sociais, Fatinha acusou outros candidatos — cujos nomes não foram informados — de terem dito pela cidade, em tom de ameaça, que ela não assumiria a prefeitura se fosse eleita.
O irmão de Marcelo, Jessé Oliveira (União Brasil), que é presidente da Câmara Municipal de João Dias, comanda a prefeitura desde o assassinato.
A vice-prefeita, Damária Jácome (Republicanos), não assumiu porque foi afastada do cargo após acusações de que ela estaria, junto com seu pai, Laete Jácome, tentando extorquir Marcelo Oliveira. Laete, que já presidiu a Câmara da cidade, morreu em maio deste ano.