Wizard se recusa a responder perguntas da CPI
Empresário se manifestou apenas nas considerações iniciais, afirmando desconhecer o chamado 'gabinete paralelo'
O empresário Carlos Wizard disse em pronunciamento à CPI da Covid no Senado nesta quarta-feira, 30, que desconhece a existência de um 'gabinete paralelo' de assessoramento do presidente Jair Bolsonaro no combate à pandemia de covid-19 e decidiu exercer seu direito de não responder as perguntas dos senadores.
"Afirmo aos senhores, com toda a veemência, que jamais tomei conhecimento de qualquer governo paralelo. Se, por ventura, esse suposto governo paralelo existiu - ou melhor, gabinete paralelo - eu jamais tomei conhecimento ou tenho qualquer informação a esse respeito", afirmou o empresário.
Após seu pronunciamento inicial, Wizard anunciou que exerceria o direito garantido a ele - por decisão do ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF) - de permanecer em silêncio durante o depoimento.
"Me reservo ao direito de permanecer em silêncio", repetiu o empresário diversas vezes diante das perguntas do relator da CPI, senador Renan Calheiros (MDB-AL).
Apesar da decisão de Wizard, os senadores decidiram que manterão os questionamentos ao empresário, mesmo que ele recorra ao direito de ficar calado.