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Política

XP/Ipespe: Bolsonaro lidera as intenções de voto para 2022

Ainda segundo a pesquisa, o presidente registrou sua menor reprovação desde 2019

15 out 2020 - 12h03
(atualizado às 12h07)
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A reprovação do governo de Jair Bolsonaro recuou ao menor nível desde maio de 2019, de acordo com levantamento da XP Investimentos em parceria com o Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (Ipespe) divulgado nesta quinta-feira, 15. Os dados apontam que 31% dos entrevistados consideraram o governo ruim e péssimo, mesmo porcentual daquele mês do ano passado. Há um ano, em outubro de 2019, essa fatia era de 38% e, no mês passado, de 36%.

Bolsonaro e Guedes participam de cerimônia no Palácio do Planalto
07/10/2020
REUTERS/Ueslei Marcelino
Bolsonaro e Guedes participam de cerimônia no Palácio do Planalto 07/10/2020 REUTERS/Ueslei Marcelino
Foto: Reuters

Outros 39% avaliaram o governo como ótimo ou bom, estável ante setembro e maior índice desde os 40% de fevereiro de 2019. Uma fatia de 28% considera o governo regular, ante 24% em setembro.

Para 39%, a perspectiva é ótima e boa e para outros 32% e ruim e péssima para o restante do mandato do presidente. Outros 26% esperaram um resto de governo como regular.

Apesar da melhora, a variação nos quesitos entre os levantamentos de setembro e outubro está dentro da margem de erro da pesquisa, de 3,2 pontos, para mais ou para menos. O levantamento teve abrangência nacional e ouviu mil entrevistados, por telefone, entre sexta-feira, 8, e domingo, 11.

Eleições 2022

Bolsonaro, que está sem partido, lidera nas intenções de voto para as eleições de 2022 na pesquisa estimulada feita pela XP/Ipespe. O presidente aparece com 31% de intenção de voto, seguido por Fernando Haddad (PT), com 14%, e Sérgio Moro (sem partido), com 11%. A margem de erro também é de 3,2 pontos porcentuais.

Entre os demais nomes apresentados pela equipe de pesquisa aos entrevistados, também aparecem Ciro Gomes (PDT), com 10%, Luciano Huck (sem partido), com 5%, João Amoêdo (Novo), com 3%, Luiz Henrique Mandetta (DEM), com 3%, e o governador de São Paulo João Doria (PSDB), com 3%. O porcentual dos que disseram que não sabem, não responderam ou pretendem votar branco ou nulo foi de 20%.

Na série histórica da pesquisa estimulada, iniciada em setembro de 2019, a leitura de outubro de 2020 trouxe a maior intenção de voto em Bolsonaro. Na comparação com a leitura de setembro, Sérgio Moro e Ciro Gomes cresceram um ponto porcentual, dentro da margem de erro, enquanto Haddad caiu um ponto porcentual, também dentro da margem.

Nas pesquisas para o segundo turno, Bolsonaro é o favorito na maior parte dos cenários. Ele tem 43% das intenções de voto caso o oponente seja Haddad (35%), 42% caso o adversário seja Luciano Huck (28%), 43% contra Ciro Gomes (35%) e 42% se o oponente for Luiz Henrique Mandetta (30%). Apenas em uma disputa com Sergio Moro o presidente aparece pior: com 35% das intenções contra 36% do ex-ministro da Justiça, um empate dentro da margem de erro.

Espontânea

Na pesquisa espontânea, na qual os nomes dos candidatos não são fornecidos ao entrevistado, Bolsonaro também aparece na frente, com 25% das intenções de voto, seguido pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), com 7%, e Ciro Gomes (PDT) e Fernando Haddad (PT), ambos com 2%.

Neste cenário, Sérgio Moro aparece com apenas 1% das intenções de voto e todos os outros candidatos somados têm 3%. Na pesquisa espontânea, 13% dos eleitores disseram que pretendem votar branco, nulo ou em ninguém, e 46% não responderam.

Estadão
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