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Política

Zambelli rebate Bolsonaro após ser culpada por derrota eleitoral: 'Perdeu por outro motivo'

Ex-presidente afirmou em podcast que aliada "tirou" seu mandato; embora estremecida, deputada afirma manter apoio a Bolsonaro

27 mar 2025 - 23h02
(atualizado em 28/3/2025 às 09h03)
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Resumo
A deputada Carla Zambelli reagiu às declarações de Jair Bolsonaro, que a culpou por sua derrota em 2022. Ela refutou a alegação, disse que continua apoiando Bolsonaro e enfrenta processos no STF e TSE.

A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) reagiu nesta terça-feira, 26, às declarações do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que a responsabilizou por sua derrota nas eleições de 2022. Em entrevista à CNN, a parlamentar afirmou que o motivo da derrota de Bolsonaro foi outro, sem dar detalhes, e disse acreditar que ele um dia "vai perceber" o que realmente aconteceu.

A polêmica começou após Bolsonaro afirmar, durante uma transmissão no podcast Inteligência Ltda., que Zambelli "tirou" seu mandato. Ele fazia referência ao episódio em que a deputada sacou uma arma e perseguiu um apoiador de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em São Paulo, na véspera do segundo turno das eleições. O caso, amplamente repercutido, foi apontado por aliados do ex-presidente como prejudicial à campanha bolsonarista.

Em resposta, Zambelli expressou decepção em uma publicação no X (antigo Twitter): "Enfrentar o julgamento dos inimigos é até suportável. Difícil é aguentar o julgamento das pessoas que sempre defendi e continuarei defendendo".

Em sua entrevista à CNN, ela reforçou o sentimento de tristeza: "Essa declaração do Bolsonaro me deixou bastante entristecida, é um peso muito grande para uma pessoa carregar. Ainda mais para uma pessoa como eu, que sou patriota."

Relação estremecida, mas não rompida

Apesar da tensão entre os dois, Zambelli afirmou que mantém apoio ao ex-presidente e que também conta com respaldo da bancada do PL. No entanto, disse que não pretende tomar a iniciativa de retomar o diálogo: "Ele tem o meu telefone, se ele achar que deve me ligar, ele me liga."

Bolsonaro, por sua vez, chamou de "injustiça" a recente decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que formou maioria para condenar Zambelli por porte ilegal de arma. O julgamento foi interrompido por um pedido de vista do ministro Nunes Marques, a quem a deputada agradeceu publicamente.

Além do caso no STF, Zambelli enfrenta um processo no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que pode culminar na perda definitiva de seu mandato. Em janeiro, o Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) cassou seu mandato por divulgação de vídeos questionando o resultado das eleições de 2022.

Relembre o caso

Foto: Mais Goiás

O episódio citado por Bolsonaro aconteceu em 29 de outubro de 2022, um dia antes do segundo turno. Na ocasião, o jornalista Luan Araújo abordou Zambelli no bairro dos Jardins, em São Paulo, manifestando apoio a Lula. Em meio à troca de provocações, a deputada se desequilibrou e caiu. Na sequência, ela e um segurança passaram a perseguir o jornalista pelas ruas, ambos com armas em punho.

Zambelli sustenta que só sacou a arma após ouvir um estampido semelhante a um tiro. "O policial deu voz de prisão para o Luan e ele fugiu. Quando foge e começa a correr, ele me chama de prostituta. Eu não estava com arma sacada naquele momento, só saquei após ouvir um estampido de tiro. Eu jamais sacaria arma para qualquer pessoa na rua."

A Procuradoria-Geral da República (PGR) argumenta que a deputada ultrapassou os limites do direito de defesa e abusou do porte de arma. A denúncia destaca que, embora tivesse a autorização regularizada, ela usou a pistola de forma indevida, fora da lógica de legítima defesa.

Fonte: Redação Terra
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