População do RS mata bugios por medo de febre amarela
Veterinários reforçam que animais não transmitem a doença
O Rio Grande do Sul registrou nessa semana dois casos de bugios-ruivos atacados por moradores da Serra gaúcha em virtude do temor da contaminação por febre amarela. O Zoológico de Gramado (GramadoZoo) foi quem recebeu os animais, dos quais um acabou falecendo. A suspeita é de que os moradores da cidade Nova Petrópolis tenham efetuado os ataques com medo de que os símios transmitissem a doença aos humanos.
O animal que faleceu era um filhote, e recebeu pelo menos quatro tiros provenientes de uma arma de pressão. O outro, já adulto, se recupera bem e poderá retornar ao convívio na natureza. No último surto de febre amarela registrado no estado também foram contabilizados casos de morte de bugios pelo mesmo motivo.
Médicos veterinários reforçam que os macacos não são transmissores da doença, apenas um dos seres vivos afetados por ela. Como eles permanecem boa parte do tempo ao ar livre e em regiões propícias à proliferação do mosquito transmissor, são mais suscetíveis a desenvolver os casos. Eles, na verdade, atuam como "alertas" de surtos da doença.
Até o momento, o Rio Grande do Sul não apresenta casos de febre amarela decorrentes do atual surto que atinge o país.