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Presidente eleito vai "subir morro em dia de chuva com lata d'água na cabeça", diz Alckmin

24 set 2018 - 16h04
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O presidenciável do PSDB, Geraldo Alckmin, disse que o candidato que assumir o Brasil em 2019 terá muitos obstáculos para recuperar a economia e comparou as dificuldades que serão enfrentadas a subir uma ladeira com chuva e ainda carregando peso.

Candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, faz camapnha no Rio de Janeiro
13/09/2018
REUTERS/Sergio Moraes
Candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, faz camapnha no Rio de Janeiro 13/09/2018 REUTERS/Sergio Moraes
Foto: Reuters

O tucano argumentou que ano que vem será o sexto seguido a registrar déficit primário, com milhões de desempregados e as contas públicas desarrumadas. Alckmin acredita que serão necessários dois anos para zerar o déficit fiscal e o melhor caminho será uma agenda reformista.

"O Brasil tem uma grande capacidade de recuperação, agora quem assumir não vai ser convidado para um banquete. É subir o morro em dia de chuva com lata d'água na cabeça", disse ele em visita ao mercadão de Madureira, o centro comercial mais famoso do subúrbio do Rio de Janeiro.

"Estabelecemos dois anos para zerar o déficit... acho que é possível e trazer confiança e investimentos de volta", acrescentou.

Mais cedo, no mesmo bairro, o candidato do PDT à Presidência, Ciro Gomes , disse que se conseguir implementar as fiscais que propõe para zerar o déficit, criará dois milhões de empregos no primeiro ano de governo e o país poderá crescer mais de 5 por cento já em 2020. [nL2N1WA0QV]

Alckmin, que praticamente metade do tempo da propaganda de TV e rádio e vem mostrando dificuldades para crescer nas pesquisas eleitorais, aposta no que chamou de a última onda para conseguir votos dos eleitores que ainda indecisos a menos de duas semanas para o pleito.

"Acho que mais da metade da população não quer esse extremismo e o radicalismo e acho que a racionalidade vai ganhar e o Brasil já errou e não pode errar de novo", disse, referindo-se aos líderes da corrida presidencial, Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT).

"Nós temos de um lado o PT que é muito ruim, vide o governo da Dilma, e você tem uma parte de pessoas bem intencionadas que acham que para vencer o PT não é Bolsonaro que não dá conta do PT nem do governo", completou.

O tucano, candidato favorito do mercado financeiro e de parte do empresariado, afirmou que "não vai ser pau mandado de banqueiro para reduzir imposto de rico, criar CPMF ou para onerar o povo", numa alusão a supostas propostas do economista Paulo Guedes, coordenador econômico de Bolsonaro.

"Se você somar os votos dos dois primeiros nas pesquisas não passa de 45 por cento, ou seja mais da metade não quer nenhum nem outro e é esse eleitor que vamos buscar nesses 12, 13 dias. O que vale é a última onda", disse o tucano.

Em discurso , Alckmin prometeu mais investimentos em transportes públicos como trem, corredores de ônibus e metrô, para dar mais conforto e qualidade às pessoas e gerar mais empregos no país. O tucano prometeu ainda estimular o comércio e os serviços, dois grandes geradores de postos de trabalho no Brasil.

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