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Prestes a ser executado, brasileiro pede mais uma chance

Marco Archer foi condenado na Indonésia por tráfico de drogas e deve ser fuzilado no próximo domingo

16 jan 2015 - 07h59
(atualizado às 13h00)
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Brasileiro foi condenado à morte após ser preso por tráfico de drogas
Brasileiro foi condenado à morte após ser preso por tráfico de drogas
Foto: Reprodução

Um vídeo divulgado nesta quinta-feira mostra uma mensagem do brasileiro Marco Archer, condenado à morte por tráfico de drogas na Indonésia que teve a execução anunciada para o próximo final de semana. Condenado em 2004, ele passou mais de 10 anos no corredor da morte e teve dois pedidos de clemência negados.

Em uma mensagem de áudio, gravada no dia 13 de janeiro, Marco fala do momento pelo qual ele passa, a poucos dias de sua execução. "É um momento muito difícil para mim. Estou ciente de que cometi um erro gravíssimo, mas eu mereço mais uma chance, pois todo mundo erra", disse.

A vontade de Marco é voltar ao Brasil e desenvolver trabalhos de combate às drogas. "Meu sonho é sair daqui e voltar ao Brasil, expor meus problemas aos jovens que estão pensando em se envolver com droga. Quero pedir perdão à minha nação e mostrar que a droga leva a dois caminhos: para a prisão ou à morte", falou.

Faltando menos de uma semana para a execução (no momento da gravação), o brasileiro já se colocou no local de fuzilamento e imaginou o que está por vir. "Eles botam uma venda no seu olho e somos executados a tiros. Meu Deus do céu, não dá nem para explicar", disse.

No final da mensagem, Marco diz que vai "lutar até o fim" e que a estrela dele "vai brilhar".

Brasileiro que será executado divulga mensagem de clemência:

Dilma não é atendida

Segundo o jornal Folha de S. Paulo desta sexta, o governo brasileiro não tem muita esperança de reverter a situação de Marco. Até a início da noite de ontem, o presidente indonésio Joko Widodo não havia retornado o pedido de ligação da presidente Dilma Rousseff, feito na sexta-feira.

O fato de Widodo não ter nem atendido à presidente, que iria fazer o pedido de clemência, causa ruídos na relação entre os dois países. Além de Marco, outro brasileiro, Rodrigo Gularte, também espera no corredor da morte indonésio.

Em nota, a Anistia Internacional afirma ser contra a pena de morte e diz que vai pressionar o governo indonésio a não levar adiante a execução.

Fonte: Terra
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