Professores encerram greve na USP e paralisação pode ter fim
Amanhã, assembleias de estudantes e de funcionários vão discutir o retorno das aulas, que só acontecerá se as três categorias entrarem em acordo
Nesta quinta-feira, os professores da Universidade de São Paulo (USP) decidiram aceitar o acordo proposto pela reitoria para encerrar a greve que começou em maio deste ano. Com isso, as aulas podem voltar na próxima segunda-feira.
A paralisação unificada - que envolve professores, alunos e funcionários - teve início há 115 dias e é uma das mais longas greves já registradas na história da universidade. No entanto, a rotina da USP só deve voltar ao normal depois que as demais categorias - alunos e funcionários - decidirem encerrar a greve também.
Nesta sexta-feira pela manhã, ocorrerá a assembleia dos trabalhadores, em frente à reitoria. Além disso, uma assembleia geral dos estudantes está marcada para as 18h, no prédio do curso de História e Geografia, na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH).
Apenas no final da semana, portanto, será possível afirmar com certeza se as aulas voltarão ao normal ou não na semana que vem.
A reunião de professores foi feita nesta quinta-feira, no anfiteatro da FFLCH, no câmpus Butantã, zona oeste da capital. Segundo decidido na assembleia, caso a greve se encerre definitivamente, o cronograma de reposição das aulas será decidido por cada faculdade.
Nesta semana, o pagamento de um abono de 28,6% a docentes e funcionários e a reposição das horas paradas pelos servidores ainda travavam o acordo. Na última terça-feira, a concessão do benefício foi aprovada.