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PT faz diagnóstico de erros e tenta encontrar caminhos para reagir a Bolsonaro

8 out 2018 - 17h18
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Ainda na ressaca de um primeiro turno complicado, o PT tenta achar o rumo e se reúne na terça-feira para fazer um diagnóstico das falhas da campanha até agora para traçar um rumo e unificar o discurso em busca de reverter o difícil resultado que colocou Fernando Haddad quase 18 milhões de votos atrás do candidato do PSL, Jair Bolsonaro.

Candidato à Presidência pelo PT, Fernando Haddad, dá entrevista coletiva em Curitiba
08/10/2018
REUTERS/Rodolfo Buhrer
Candidato à Presidência pelo PT, Fernando Haddad, dá entrevista coletiva em Curitiba 08/10/2018 REUTERS/Rodolfo Buhrer
Foto: Reuters

"As urnas falam, nós agora temos que escutar", disse Paulo Okamoto, um dos coordenadores da campanha de Haddad. "Temos que ver onde perdemos, porque perdemos."

O PT decidiu chamar a São Paulo não apenas os coordenadores da campanha, como outros petistas de alto escalão, como os ex-ministros Franklin Martins e Aloizio Mercadante e o senador Lindbergh Farias --que acabou de perder a reeleição no Rio de Janeiro-- para analisar os caminhos que o PT deve tomar.

Um dos convidados é o senador eleito pela Bahia Jaques Wagner, que será um dos nomes a ser integrado à coordenação da campanha.

"Vamos ver os caminhos que vamos tomar. A situação é difícil. Mas Deus está conosco. Tem que estar, porque só nós não vai dar", brincou o ex-ministro Gilberto Carvalho, conhecido por ser bastante religioso.

Um dos desafios do partido é conseguir unificar os discursos e os caminhos para esse segundo turno. Há uma disputa entre a versão de que Haddad tem de insistir no que foi feito até agora e tentar uma ainda maior transferência de votos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e quem ache que, mesmo sem abandonar o líder, é preciso dar mais voz ao candidato Haddad.

"O PT tem que falar mais, mas antes de falar mais precisa combinar o que vai dizer", disse uma fonte.

Em seu primeiro compromisso pós-primeiro turno, Haddad foi a Curitiba para o tradicional encontro de segunda-feira com Lula, para trazer ao partido as avaliações do ex-presidente. O programado era que sua primeira coletiva fosse, mais uma vez, em frente à Superintendência da Polícia Federal, onde Lula está preso desde o início de abril. Na última hora, o PT transferiu a entrevista para um hotel na capital paranaense.

Duas questões preocupam o partido: os indícios de que o PT perdeu votos para Bolsonaro em um eleitorado tradicional do partido, entre eleitores até 2 salários mínimos, inclusive no Nordeste.

"Temos que ver como esse eleitor migrou para o Bolsonaro e trazê-lo de volta", disse Lindbergh ao chegar para a reunião.

Outra questão que preocupa o partido é a avalanche de informações falsas distribuídas pelas redes sociais, especialmente nos últimos dias de campanha, fato que, acreditam os petistas, pode ter ajudado a impulsionar o antipetismo.

Além das ações judiciais, o partido vai tentar aumentar a quantidade de gente produzindo informações e rebatendo acusações infundadas nas redes.

"Se as pessoas recebem fake news também podem receber informações verdadeiras. Agora, com o fim das campanhas nos Estados teremos mais gente liberada para trabalhar nisso", disse Okamoto.

Nesta terça, grupos de mensagens de celular ligados ao PT começaram já a distribuir instruções para que os militantes reajam às chamadas fake news. Entre as orientações, estão a de que simpatizantes criem listas e grupos para distribuir material para parentes e amigos, engajar-se em debates nos grupos e apresentar Haddad para as pessoas.

"Você pode saber que ele é o mais preparado, mas talvez seu vizinho não saiba", diz o texto.

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