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Quem foi apóstolo Rina, fundador da igreja Bola de Neve, que morreu em acidente em SP

Rinaldo Luiz de Seixas Pereira estava afastado de suas funções na igreja após ser denunciado por violência doméstica contra a esposa

18 nov 2024 - 10h37
(atualizado às 15h23)
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Pastor Rinaldo Luiz de Seixas Pereira, o apóstolo Rina, líder da igreja evangélica Bola de Neve
Pastor Rinaldo Luiz de Seixas Pereira, o apóstolo Rina, líder da igreja evangélica Bola de Neve
Foto: Reprodução/Instagram/@ap_rinaoficial / Estadão

O fundador da igreja Bola de Neve, Rinaldo Luiz de Seixas Pereira, conhecido como apóstolo Rina, morreu em um acidente de moto no interior de São Paulo, neste domingo, 17. A informação foi confirmada em um comunicado feito pela igreja nas redes sociais. 

Rinaldo nasceu em 1972 e tinha 52 anos. Filhos de pais evangélicos, ele era irmão mais velho de Daniela e Priscila, que também se tornaram pastoras. Quando criança, estudou no Colégio Batista Brasileiro, onde a mãe trabalhava. Foi nesse período que passou a ler a bíblia e usá-la como seu referencial. 

A religião se tornou parte do seu dia a dia depois de ser diagnosticado com hepatite, o que classificou como “a existência real do inferno”, devido às dores fortes por causa de seu quadro. Ao superar a doença, dedicou a vida a “pregar a salvação”, e em 1993, começou as primeiras reuniões religiosas, que viriam a se tornar a Bola de Neve em 1999. 

Pouco antes de dar vida à igreja dos ‘surfistas’, ele foi líder do Ministério de Evangelismo da Igreja Renascer, onde fazia eventos para os jovens. Mas deixou o local por concordância do apóstolo Estevam Hernandes, e foi liderar a sua própria. 

Rina era surfista e adotou uma identidade mais descontraída com a Bola de Neve: o púlpito era feito com uma prancha de surf, onde era apoiada a bíblia durante a pregação, e para frequentar, não era necessário usar uma vestimenta muito formal. Com isso, muitos jovens foram atraídos para os cultos, e ganhou popularidade entre os mais jovens. 

A igreja foi fundada no Brás, em São Paulo, em um espaço emprestado por um empresário do ramo do surfe, que não comportava 150 pessoas. O nome foi pensado na metáfora da bola de neve, que pode começar pequena, mas pode virar uma avalanche na medida em que rola e cresce com o tempo. E foi isso que aconteceu. 

Com a sua popularização e crescimento, o endereço da matriz passou por ruas de Perdizes e da Lapa, e logo tomou outras regiões do país. Atualmente, segundo o site, há 560 templos em todo o Brasil, e em todos os continentes, inclusive na África, Ásia e Oceania.

Na América do Sul, por exemplo, ela está presente em todos os países. Há também uma forte presença da igreja nos Estados Unidos. Além de fundador da Bola de Neve, Rina foi o criador do Instituto Global de Ensino Teológico, que forma líderes, missionários e pastores. 

Ele era casado com a também pastora Denise de Seixas Pereira, e pai de quatro filhos, três meninos e uma menina. Rinaldo também foi autor de livros sobre religião e autoconhecimento. Suas obras traziam orientações sobre casamento e estratégias para se tornar um líder bem-sucedido.

Rinaldo Pereira, também conhecido como Apóstolo Rina, é líder e fundador da igreja evangélica Bola de Neve
Rinaldo Pereira, também conhecido como Apóstolo Rina, é líder e fundador da igreja evangélica Bola de Neve
Foto: Instagram/ap_rinaoficial

Afastamento

Rina estava afastado das atividades da igreja desde junho deste ano, após uma série de denúncias de agressão contra sua esposa, Denise Seixas. Ela conseguiu uma medida protetiva na Justiça contra o apóstolo depois de relatar episódios de lesão corporal, injúria, difamação e violência psicológica.

Apesar de ter negado as acusações, ele foi afastado do Conselho Deliberativo da Bola de Neve. Na época, a igreja informou o afastamento de Rina por meio das redes sociais.

"Com muito pesar e tristeza que nos dirigimos a vocês para tratar dos fatos que se desdobram nas últimas semanas envolvendo o Ministério Bola de Neve. O Conselho Deliberativo, junto ao Apóstolo Rina, decidiu pelo afastamento do seu fundador para que se dedique integralmente a esclarecer os apontamentos apresentados e restabelecer sua saúde e a de sua família", comunicou a igreja.

De acordo com a decisão da Justiça de São Paulo, o Apóstolo Rina, deveria manter, ao menos, 300 metros de distância de Denise e sua família, bem como de eventuais testemunhas do processo. Ele também estava proibido de manter contato com a pastora, mesmo que por intermédio de terceiros.

Em depoimento à Polícia Civil, Denise disse que foi agredida de diversas formas pelo pastor, desde xingamentos até violência física. Em uma ocasião, ela tomou um soco no nariz, mas não denunciou Rinaldo por causa da influência que ele tem.

Em abril do ano passado, o filho de Denise divulgou um vídeo em que Rinaldo diz que a mulher está "completamente enlouquecida". Segundo a cantora gospel, ela passou a sofrer violência psicológica após essa divulgação, uma vez que o líder religioso teria ficado enfurecido.

Segundo o depoimento de Denise, ela foi obrigada a gravar vídeos desmentindo que Rinaldo seria um agressor, mas como "as pessoas perceberam que ela estava lendo", o líder da igreja Bola de Neve arremessou uma cadeira na direção da mulher, que teria desviado, informou o g1.

Nos últimos dois meses, Denise perdeu o acesso às redes sociais e às suas finanças. Sempre que precisava de dinheiro, tinha que entrar em contato com uma pessoa indicada pelo pastor. Ela também foi ameaçada para ter relações sexuais com Rinaldo, que teria dado um "prazo" para ela voltar a se relacionar intimamente com ele.

Na época do caso, a assessoria de imprensa de Rinaldo Pereira informou ao Terra Nós que ele negava qualquer prática violenta. "[Ele] confia na apuração isenta e técnica de todos os fatos pela Polícia Civil e Ministério Público. O apóstolo se afastou voluntariamente da direção da Igreja Bola de Neve. Com muita serenidade, aguarda que sejam realizadas investigações imparciais e justas e tem convicção de que, ao final, será comprovada sua inocência", comunicou. *Com informações do Estadão

Fonte: Redação Terra
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