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Renato Duque arrecadou R$ 650 mi em propina, diz jornal

14 dez 2014 - 20h17
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A diretoria de Serviços da Petrobras teria movimentado R$ 650 milhões para propinas, entre 2004 e 2012, recebidos das empreiteiras e oriundos de contratos firmado com a estatal, segundo investigações do Ministério Público Federal (MPF) na operação Lava Jato. No perído, a direotria era comandada por Renato Duque. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Em relatos, Augusto Ribeiro de Mendonça Neto, executivo ligado à  Setal Óleo e Gás - empresa investigada por cardel pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) - e que fez acordo de delação premiada com a Justiça, afirma que o dinheiro ilegal podia ser de tal monta que precisava ser transportado em carro-forte. Pelo acordo de colaboração, Mendonça se comprometeu a devolver R$ 10 milhões como multa compensatória por danos causados contra a administração pública.

Ainda de acordo com o executivo, Duque mandava que os pagamentos fossem em dinheiro, depósitos em contas no exterior para serem posteriormente repassados ao PT, por meio do tesoureiro do partido, João Vaccari. Mendonça teria sido orientado, ainda, a usar notas frias de empresas de fachada ligadas ao Grupo Delta. Duque deve ser acusado pelo MPF, pelo menos, por corrupção passiva e organização criminosa.

O total de propinas, segundo o MPF, chega a R$ 971 milhões, incluindo os valores desviados da área de Abastecimento (R$ 270 milhões), comandada à época por Paulo Roberto Costa, em relativos a contratos com seis empreiteiras incluídas nas denúncias.

A diretoria de Duque arrecadava 2% dos contratos, de acordo com o MPF, de outras áreas da estatal: Abastecimento, ligada ao PP, Internacional, do PMDB; Exploração e Produção e Óleo e Gás, do PT.

Fonte: Terra
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