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Reunião não tratou de demissão de Mandetta, diz Braga Netto

7 abr 2020 - 20h25
(atualizado às 20h48)
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O ministro-chefe da Casa Civil e coordenador das ações do governo federal no enfrentamento à pandemia do novo coronavírus no país, general Walter Braga Netto, afirmou nesta terça-feira que a reunião na véspera convocada pelo presidente Jair Bolsonaro com os titulares do primeiro escalão não tratou da demissão do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta.

Mandetta e Braga Netto  conversam durante entrevista coletiva
07/04/2020
REUTERS/Adriano Machado
Mandetta e Braga Netto conversam durante entrevista coletiva 07/04/2020 REUTERS/Adriano Machado
Foto: Reuters

"Bem objetivamente para você, a reunião de ontem é uma reunião rotineira de ministros. O presidente tem o direito de convocar reunião de ministros e o assunto que foi tratado lá é um assunto que vai ficar somente na reunião interna de ministros. Eu garanto para você, não foi a demissão do ministro Mandetta", disse Braga Netto.

"A resposta para a sua pergunta, do ministro Mandetta, está aqui o ministro Mandetta numa relação cordial com todos os ministros e a palavra de união que foi dita antes pelo próprio presidente do Banco Central. Está aqui a posição do governo", emendou o chefe da Casa Civil, após apontar para o titular da Saúde, que participava da entrevista coletiva no Palácio do Planalto sobre ações do governo no enfrentamento à Covid-19.

Na véspera, o ministro da Saúde anunciou em entrevista coletiva à noite que vai permanecer no cargo, após um dia cheio de sinais de que o presidente Jair Bolsonaro iria demiti-lo do cargo. Mas na ocasião manteve um tom de atuação independente ao Palácio do Planalto.

Os dois têm divergido abertamente sobre as ações do governo federal no combate ao coronavírus. Bolsonaro defende o relaxamento de medidas de isolamento social, ao contrário de Mandetta, que tem preconizado essas medidas para evitar um salto na propagação do vírus.

Na entrevista da terça, Mandetta, em fala logo em seguida a Braga Netto, adotou uma linha de conciliação e disse que tudo que está se precisando agora é de "união". Na coletiva, ele preferiu não explorar o episódio da véspera e defendeu se "olhar para a frente".

"Acho que a gente tem que andar para a frente, olhar para a frente, isso é uma experiência que a gente tem que olhar assim pelo para-brisa mesmo, para frente, usar pouco o retrovisor, vamos olhar para a frente e tocar esse barco nosso chamado Brasil aí juntos e acho que a imprensa pode ajudar muito", disse ele.

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