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Revalida: 48 profissionais reprovados no exame trabalham no Mais Médicos

1 nov 2013 - 07h43
(atualizado às 07h58)
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Pelo menos 48 profissionais que já trabalham no programa Mais Médicos, do governo federal, foram reprovados no exame Revalida, que foi criado para reconhecer o diploma de medicina obtido no exterior. Eles foram selecionados para a primeira fase do programa, que contratou 681 médicos em todo o País. Os 48 reprovados já possuem registro emitido pelo Ministério da Saúde, e atuam em 36 municípios de 15 Estados. As informações são do jornal Folha de S. Paulo.

Segundo o Ministério da Saúde, os médicos que não tiveram aprovação no Revalida podem atuar "exclusivamente na atenção básica do SUS (Sistema Único de Saúde)". Para a pasta, a prova "avalia conhecimentos gerais da medicina, incluindo conteúdo de média e alta complexidade". O Ministério da Saúde disse que o exame "assegura que só participem do programa profissionais com condições de atender a população".

Porém, o Conselho Federal de Medicina (CFM) diz que a atuação dos reprovados no programa é "preocupante". A primeira-secretária do CFM, Desiré Callegari, afirmou que o Revalida é uma "medida mínima dos conhecimentos" de medicina. "Vamos ter dois tipos de médico atendendo no Brasil: um qualificado e outro que nem sequer passou numa prova de conhecimentos básicos."

ENTENDA O 'MAIS MÉDICOS'
- Profissionais receberão bolsa de R$ 10 mil, mais ajuda de custo, e farão especialização em atenção básica durante os três anos do programa.
- As vagas serão oferecidas prioritariamente a médicos brasileiros, interessados em atuar nas regiões onde faltam profissionais.
- No caso do não preenchimento de todas as vagas, o Brasil aceitará candidaturas de estrangeiros. Eles não precisarão passar pela prova de revalidação do diploma
- O médico estrangeiro que vier ao Brasil deverá atuar na região indicada previamente pelo governo federal, seguindo a demanda dos municípios.
- Criação de 11,5 mil novas vagas de medicina em universidades federais e 12 mil de residência em todo o País, além da inclusão de um ciclo de dois anos na graduação em que os estudantes atuarão no Sistema Único de Saúde (SUS).
Fonte: Terra
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