RJ: 12 pessoas são presas em esquema comandado de presídio
Segundo Ministério Público, rede levava drogas da capital para Teresópolis com ajuda de mulheres de traficantes
Doze pessoas foram presas no Rio acusadas de participar de um esquema que levava drogas da capital fluminense para a cidade de Teresópolis, na região serrana, e que era organizado por detentos de dentro do Complexo Penitenciário de Bangu. A ação criminosa, segundo o Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ), contava com a participação de mulheres dos traficantes, que tinham papel de destaque.
O Ministério Público denunciou 17 pessoas, e 12 delas foram presas. Uma delas morreu no curso da investigação, iniciada há quatro meses, e 4 delas permanecem foragidas.
Segundo o MP, de dentro do presídio, o traficante Rodrigo Bernardino Pacheco, conhecido como "Cacareco" ou "2k", coordenava uma rede de traficantes para levar drogas de favelas do Rio (como Cidade Alta, Antares e Cidade de Deus) para Teresópolis. As mulheres de traficantes presos tinham dois papéis: elas entravam na penitenciária com drogas e celulares escondidos dentro dos órgãos genitais e também refinavam droga e levavam o entorpecente para Teresópolis. “Eles transformaram o Complexo de Bangu em um verdadeiro escritório do crime”, disse o promotor Fabio Miguel de Oliveira. Segundo o promotor, seis pessoas das 17 denunciadas eram mulheres.
Durante as investigações, o MP conseguiu evitar a fuga do traficante "Cacareco", que pretendia escapar na estrada, a caminho de uma audiência em Rio das Ostras.
A operação, chamada de Revoada, é fruto de uma parceria entre o Ministério Público do Rio de Janeiro, a Polícia Militar e a Superintendência de Inteligência do Sistema Penitenciário. Durante a ação, foram apreendidos, apenas na favela de Cidade Alta, mil cápsulas de cocaína, R$ 208 em espécie, carregadores de armas e um veículo roubado. Na penitenciária, foram apreendidos três celulares, 11 chips de telefonia móvel, baterias de celulares e maconha.
Foram cumpridos 23 mandados de busca e apreensão. A operação contou com a participação de 180 policiais militares de vários órgãos e batalhões da corporação, como da Coordenadoria de Inteligência, do Batalhão de Operações Especiais (Bope), do Batalhão de Cães, e do Batalhão de Teresópolis. Estão sendo usados na ação 45 carros e dois helicópteros da PM.