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RJ: sem aviso oficial, empresas voltam a cobrar tarifa de R$ 2,75

20 jun 2013 - 14h16
(atualizado às 14h24)
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As empresas de ônibus do Rio de Janeiro ainda não foram informadas oficialmente sobre o cancelamento do aumento da tarifa de ônibus para R$ 2,95 na capital fluminense, publicado nesta quinta-feira no Diário Oficial do município.

O vice-presidente do Sindicato das Empresas de Ônibus da cidade (RioÔnibus), Otaccílio Monteiro, informou que a tarifa de R$ 2,75, anterior ao aumento, entrou em vigor à 0h, inclusive para os ônibus com ar-condicionado, mas os empresários ainda não sabem como será paga a diferença.

"Acatamos a determinação legal. De que forma o prefeito vai proceder não sabemos ainda, teremos que verificar. Não há nada agendado ainda, mas certamente irá ocorrer a posteriori", informou o empresário.

De acordo com o prefeito Eduardo Paes (PMDB), a suspensão do aumento vai custar R$ 200 milhões por ano ao município. Serão cortados custos de outras áreas ainda não definidas.

Ainda segundo a prefeitura, são realizadas aproximadamente quatro milhões de viagens por dia nos cerca de 9 mil ônibus (684 linhas) distribuídos pela cidade. Atualmente, quatro consórcios respondem pelo sistema de transporte rodoviário público do Rio de Janeiro.

O vereador do Psol, Eliomar Coelho, solicitou a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar os contratos das concessões das empresas de ônibus com a prefeitura do Rio de. Ele informou que precisa de 16 assinaturas de vereadores para instalar a CPI dos Ônibus e já conseguiu 13 até o momento.

"O fato determinado existe, que é um alerta do Tribunal de Contas do Município (TCM) em relação a contratos entre a RioÔnibus e a prefeitura e queremos passar um pente fino nisso tudo", declarou ele. "Já pedimos vários requerimentos de informações e não recebemos resposta do prefeito Eduardo Paes", informou o parlamentar.

O vereador afirmou que a prefeitura não coopera com os vereadores no cumprimento de um dos deveres da Câmara que é fiscalizar as ações do executivo.

"Um exemplo de que a prefeitura dificulta a fiscalização desse setor é que temos 51 vereadores e no entanto só conseguimos 13 assinaturas. Está havendo pressão. Se não há o que temer, por que não investigar?", questionou o vereador.

Eliomar questionou ainda a renúncia fiscal do município de mais de R$ 51 milhões que, desde 2010, cobra 0,01% do faturamento das empresas por meio do Imposto Sobre Serviços (ISS).

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Agência Brasil Agência Brasil
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