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RS: corpo de Jango fará traslado por terra até Santa Maria

A exumação deve ser concluída na madrugada desta quinta-feira

13 nov 2013 - 22h03
(atualizado em 14/11/2013 às 02h23)
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Governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro (PT), esteve no local da exumação de Jango na manhã desta quarta-feira
Governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro (PT), esteve no local da exumação de Jango na manhã desta quarta-feira
Foto: Luiz Roese / Especial para Terra

Os restos mortais do ex-presidente João Goulart, que estão sendo exumados nesta quarta-feira em São Borja, na Fronteira Oeste do Rio Grande do Sul, serão transportados até Santa Maria, no centro do Estado, por via terrestre. A decisão foi anunciada na noite de hoje pela ministra dos Direitos Humanos da Presidência da República, Maria do Rosário, depois que o trabalho de exumação demorou mais do que o previsto pela comissão.

O plano inicial era transportar o corpo de Jango de avião até Santa Maria, de onde ele seguiria rumo a Brasília na manhã desta quinta-feira. O aeroporto de São Borja, no entanto, não permite pousos e decolagens noturnos, o que obrigou a comissão que cuida da exumação a levar os restos mortais em um caminhão até o centro do Estado.

A exumação deve ser concluída na madrugada desta quinta-feira, segundo Maria do Rosário. Ainda conforme a ministra, a programação na capital federal, onde a presidente Dilma Rousseff recepciona o corpo, às 10h, está mantida. 

Os trabalhos começaram ainda pela manhã no cemitério Jardim da Paz. Segundo a ministra, como a exumação exige um trabalho “minucioso”, demorou um pouco mais do que o previsto. 

No dia 5 de dezembro, o corpo de Jango voltará ao Rio Grande do Sul, onde será recebido no Palácio Piratini pelo governador Tarso Genro. No dia seguinte, data que marca os 37 anos da morte do ex-presidente, será levado de volta a São Borja.

A exumação servirá para apurar a suspeita de que Jango tenha sido morto por envenenamento, durante exílio na Argentina em 1976, o que contraria a versão oficial de que ele foi vítima de um ataque cardíaco. Christopher Goulart, neto e advogado da família, diz que não há dúvidas de que o avô foi assassinado durante a ditadura militar. A exumação do corpo de um ex-presidente é um fato inédito no Brasil.

Fonte: Especial para Terra
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