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Saiba os detalhes da delação de Élcio de Queiroz sobre o dia da morte de Marielle Franco

Colaboração premiada com PF e MP do RJ levou à operação que prendeu nesta segunda-feira o ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa, o Suel

24 jul 2023 - 13h11
(atualizado às 13h35)
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A vereadora Marielle Franco foi assassinada em 2018
A vereadora Marielle Franco foi assassinada em 2018
Foto: Reprodução

O ex-PM Élcio de Queiroz fez um acordo de delação premiada com a Polícia Federal (PF) e o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ). Em sua colaboração, ele forneceu detalhes sobre o assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes.

Élcio encontra-se detido desde 2019, assim como o ex-policial Ronnie Lessa. Ambos serão submetidos a julgamento pelo Tribunal do Júri, mas a data ainda não foi estabelecida.

Por meio de sua delação, Élcio mencionou a participação de outro envolvido, o ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa, conhecido como Suel, e detalhou a dinâmica do crime.

Em documento obtido pela GloboNews, Élcio detalha para a polícia os eventos ocorridos no dia da morte de Marielle Franco. 

Veja abaixo os principais pontos que ajudam a compreender o depoimento do ex-PM:

Planejamento 

Conforme o depoimento de Élcio, Ronnie Lessa teria revelado a ele que há tempos estava determinado a assassinar Marielle Franco. Com esse fim, eles monitoravam a rotina da vereadora, buscando uma oportunidade propícia para cometer o crime.

A investigação policial apontara que mais de um mês antes do assassinato o ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa, detido na operação realizada nesta segunda-feira, 24, e Ronnie foram vistos juntos no mesmo veículo utilizado no crime.

Emboscada 

No dia do assassinato, Élcio e Ronnie tinham conhecimento de que Marielle estava presente no evento intitulado "Mulheres negras movendo estruturas", que estava ocorrendo na região da Lapa. Eles teriam decididos que esse era o momento propício para a execução do crime.

Ronnie e Élcio seguiram o carro de Marielle, que estava sendo conduzido por Anderson. Ronnie posicionou-se no banco de trás do veículo, de onde efetuaria os disparos.

Dia do crime

Os 2 suspeitos seguiram o carro, aguardando uma oportunidade para efetuar os disparos e em seguida, fugir. Élcio revelou que Ronnie estava no banco de trás do veículo, pronto para realizar os disparos.

Por volta das 21h30, Anderson, que estava ao volante, reduziu a velocidade para realizar uma manobra e entrar na rua João Paulo I, nesse exato momento, Ronnie efetuou os disparos.

Casa da mãe de Lessa

Após o crime, eles se dirigiram à residência da mãe de Ronnie Lessa, localizada no bairro Meier. Posteriormente, utilizaram um táxi para ir para a região da Barra da Tijuca.

A polícia confirmou que o irmão de Lessa foi o responsável por solicitar o serviço na cooperativa de táxi, aproximadamente às 21h48, cerca de 18 minutos após o ocorrido do crime.

Na Barra da Tijuca, eles se encontraram com Maxwell, com quem discutiram sobre o crime ao longo da madrugada. Nesse momento, o caso já havia sido noticiado pela imprensa.

Desmanche do carro

Conforme revelado na delação de Élcio, no dia seguinte ao crime, ele e Ronnie Lessa encontraram-se com Maxwell no bairro do Méier para se desfazer do veículo utilizado no crime.

Maxwell, então, alterou a placa do carro e o conduziu até Rocha Miranda, onde seria descartado por uma quarta pessoa identificada como Edmilson Barbosa dos Santos, conhecido como "Orelha".

Fonte: Redação Terra
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