Sem máscara, Bolsonaro tira foto com paciente em hospital
Internado, presidente também manteve-se afiado nas críticas à CPI da Covid, sobre a qual fez comentários por meio de sua conta no Twitter
A primeira-dama Michelle Bolsonaro publicou foto no Instagram em que o presidente Jair Bolsonaro aparece em pé, com sondas presas ao nariz e ao lado de uma paciente deitada em uma cama de hospital. "Custoso demais", escreveu Michelle.
Ambos sem máscara, Bolsonaro e a mulher não identificada fizeram sinal de positivo enquanto posavam para a foto.
Internado com obstrução intestinal no Hospital Vila Nova Star, em São Paulo, o presidente cancelou, em razão de seu estado de saúde, a transmissão semanal pela internet que faria na noite desta quinta-feira, 15.
Críticas à CPI
No entanto, manteve-se afiado nas críticas à CPI da Covid, sobre a qual fez comentários por meio de sua conta no Twitter mais cedo, quando disparou contra o representante da Davati Cristiano Carvalho, que prestou depoimento nesta quinta.
- O que frustra o G-7 é não encontrar um só indício de corrupção em meu Governo. No caso atual querem nos acusar de corrupção onde nada foi comprado, ou um só real foi pago.
- No circo da CPI Renan, Omar e Saltitante estão mais para três otários que três patetas.
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) July 15, 2021
O empresário revelou ter recebido R$ 4,2 mil reais de auxílio emergencial do governo federal. Após afirmar que um amigo o teria inscrito no benefício por perceber suas dificuldades de se sustentar, ele mudou de versão e admitiu ter dado entrada no pedido para receber os valores.
"Segundo Cristiano, a Davati nunca pagou despesas do Dominghetti nem a própria. Cristiano diz ainda que até sua passagem aérea para Brasília a pagou com milhas próprias (quanta 'honestidade')", questionou Bolsonaro. "Um 'negócio' bilionário onde o Cristiano, para 'sobreviver', usa do artifício de se beneficiar do Auxílio Emergencial", escreveu.
Bolsonaro também aproveitou para atacar os líderes da comissão, os senadores Renan Calheiros (MDB-AL), Omar Aziz (PSD-AM) e Randolfe Rodrigues (REDE-AP), a quem se referiu como "saltitante".
"O que frustra o G-7 é não encontrar um só indício de corrupção em meu Governo. No caso atual querem nos acusar de corrupção onde nada foi comprado, ou um só real foi pago."