'Só queria viajar': autor de explosões em Brasília se afastou da família após ficar 'abalado' com briga, conta filho
Chaveiro de 59 anos, de Santa Catarina, fazia ameaças contra autoridades nas redes sociais
Filho do homem que explodiu artefatos na Praça dos Três Poderes, no DF, estava há meses sem notícias do pai.
Filho do homem que explodiu artefatos na Praça dos Três Poderes, em Brasília, o chaveiro Guilherme Antônio estava há meses sem notícias do pai. Francisco Wanderley Luiz, de 59 anos, morreu após detonar explosivos na noite de quarta-feira, 13.
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O filho de Luiz conta que recebeu a notícia de que o carro do pai, que também era chaveiro, um Kia Shuma de 1999, havia explodido. “Ele tinha uns problemas pessoais com a minha mãe e estava muito abalado com a situação, e ele viajou. Foi só isso que ele falou. Ele só queria viajar. A intenção dele era ir para o Chile”, contou ao portal Metrópoles.
Luiz, que era natural de Rio do Sul (SC), foi candidato a vereador em 2020 pelo PL. As redes sociais do chaveiro continham ameaças de um atentado a bombas. Em publicações, Luiz escreveu mensagens contra alvos políticos, classificados por ele como “comunistas de merda”.
“Vamos jogar??? Polícia Federal, vocês têm 72 horas para desarmar a bomba que está na casa dos comunistas de merda: William Bonner, José Sarney, Geraldo Alckmin, Fernando Henrique Cardoso… Vocês 4 são VELHOS CEBÔSOS (sic) nojentos”, escreveu Francisco.
O corpo de Luiz ainda ficou no local do incidente por 13 horas depois das explosões, pois a polícia ainda faz varreduras em busca de outros explosivos. Ninguém além de Luiz ficou ferido. A Polícia Federal (PF) abriu inquérito para investigar o caso.
Depois dos ataques, a polícia encontrou explosivos em uma casa alugada pelo autor das explosões no Distrito Federal. Luiz havia alugado uma casa em Ceilândia (DF), segundo informações da TV Globo. A cidade fica a cerca de 30 km da Praça dos Três Poderes.