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Sobrinha de "tio Paulo" passa a ser investigada por homicídio culposo

Delegado responsável pelo caso considerou que houve "gritante omissão de socorro" por parte de Érika Souza

30 abr 2024 - 22h11
(atualizado às 22h15)
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Resumo
Érika Souza passou a ser investigada também pelo crime de homicídio culposo, a pedido do delegado Fabio Luiz Souza, da 34ª DP (Bangu), acreditando que houve omissão de socorro por parte dela e ela já é investigada por outros crimes.
Érika Souza está presa desde o dia 16 de abril
Érika Souza está presa desde o dia 16 de abril
Foto: Reprodução/TV Globo

Érika Souza, sobrinha de Paulo Roberto Braga, 68, passou agora a ser investigada também pelo crime de homicídio culposo, a pedido do delegado Fabio Luiz Souza, da 34ª DP (Bangu). Érika está presa desde o último dia 16, quando foi flagrada acompanhada do tio já morto enquanto tentava assinar um empréstimo em nome do idoso em uma agência no Rio de Janeiro.

No despacho em que inclui a investigação do homicídio culposo, o delegado acredita que houve "gritante omissão de socorro" por parte de Érika.

"Considerando que no dia 16/4/2024, certamente percebendo que Paulo estava em situação gritante de perigo de vida, o que pode ser vislumbrado pelas declarações de todas as testemunhas que tiveram contato com a vítima, ao invés de ir novamente ao hospital, ela se dirigiu ao shopping, configurando uma gritante omissão de socorro, determino; proceda-se a novo registro de ocorrência para apurar o delito de homicídio culposo", diz o delegado no documento, que foi obtido pela TV Globo.

Ao Terra, a advogada Ana Carla de Souza Corrêa, que defende Érika, enviou uma nota em que diz ter tomado conhecimento pelos autos da nova tipificação penal incluída pelo delegado no processo. A defesa reafirma que a mulher não atuava profissionalmente como cuidadora de Paulo Roberto.

"As testemunhas que relatam em sede policial dizem do cuidado que ela tinha pelo Sr. Paulo ao acompanhá-lo, não que a mesma era cuidadora. E tais testemunhas são pessoas completamente afastadas do vínculo familiar, sendo pessoas estranhas à relação familiar. Portanto, a defesa, em momento oportuno, estará contestando e refutando tal capitulação", diz a defesa.

Érika já é investigada por vilipêndio de cadáver e tentativa de furto mediante fraude. Em recente entrevista à TV Globo, familiares da mulher disseram que ela tem laudos psiquiátricos, que pediam a sua internação por "alucinações auditivas" e "dependência de medicamentos".

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Fonte: Redação Terra
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