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Greve na CPTM: PM tenta conter tumulto na Francisco Morato

Passageira afirmou que a PM usou choque e bombas de gás para conter tumulto e depredação na estação Francisco Morato, em São Paulo

3 jun 2015 - 10h52
(atualizado às 13h27)
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A Polícia Militar usou bombas de gás para tentar conter passageiros que depredaram a estação Francisco Morato da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), na manhã desta quarta-feira (3). O grupo ficou revoltado com a greve que paralisou a operação no local atendido pela Linha 7-Rubi. A circulação nesta linha ocorre apenas entre as estações Barra Funda e Caieiras.

A depredação ficou visível até mesmo do lado de fora da estação, onde um muro de concreto foi quebrado. Moradores da cidade de Francisco Morato que precisavam se deslocar para São Paulo se concentraram em frente à estação. Homens da Tropa de Choque montaram um cordão para isolar a entrada.

A PM foi acionada para conter a depredação na estação
A PM foi acionada para conter a depredação na estação
Foto: Ricardo dos Santos Guimarães / vc repórter

Única opção para os passageiros que utilizam o transporte público para chegar à capital, os pontos de ônibus também ficaram lotados. “Tentei pegar ônibus para a Barra Funda, mas o ônibus já chega lotado e eles nem param no ponto”, reclamou Juliana Lima, 22 anos, que trabalha com telemarketing e precisava chegar ao largo São Bento, na região central de São Paulo.

“Eu tentei passar pelo escadão para sair na estação, mas, enquanto tentava descer, todos tentavam subir. Os seguranças estavam dando choque em todo mundo, e todo mundo estava quebrando tudo. Quando eu consegui sair, eles jogaram bombas de gás”, conta Juliana.

Além da Linha 7-Rubi, a Linha 11-Coral opera parcialmente, entre Luz e Guaianazes. Estão completamente paradas as linhas 10-Turquesa, que liga a capital à cidade de Rio Grande da Serra, e a 12-Safira, que liga a zona leste ao centro. A greve não afeta as linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda. Esses empregados são representados pelo Sindicado dos Trabalhadores da Zona Sorocabana, que não aderiu à paralisação.

A CPTM lamentou a paralisação e informou que está tomando as medidas cabíveis em relação ao descumprimento da liminar do Tribunal Regional do Trabalho, que determina que 90% dos maquinistas trabalhem no horário de pico e que 70% dos empregados das demais atividades também trabalhem nesse horário.

Colaboraram com esta notícia os leitores Ricardo dos Santos Guimarães, de Francisco Morato (SP), e Edna Maria dos Santos, de São Paulo (SP), que participaram do vc repórter, canal de jornalismo participativo do Terra. Se você também quiser mandar fotos, textos ou vídeos, clique aqui ou envie pelo aplicativo WhatsApp, disponível para smartphones, para o número +55 11 97493.4521.

Agência Brasil Agência Brasil
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