STF mantém ex-diretor da Petrobras em liberdade
Renato Duque, ex-diretor de serviços da estatal é acusado de participar do esquema de superfaturamento de contratos da Petrobras. Ele ficou preso por quase um mês, mas foi solto em dezembro do ano passado
Por unanimidade, os ministros da segunda turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiram nesta terça-feira (10) manter em liberdade o ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque. Os ministros Gilmar Mendes e Cármen Lúcia, e o relator, ministro Teori Zavascki, mantiveram o habeas corpus a Duque, expedido em dezembro por meio de liminar de Zavascki.
Duque é acusado de participar do esquema de superfaturamento de contratos da Petrobras, da formação de cartel por empreiteiras e do pagamento de propina a partidos e agentes políticos. Ele foi citado pelo doleiro Alberto Youssef e pelo ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, réus no processo, como um dos beneficiários do esquema.
O ex-diretor também teve o nome citado na nona fase da Operação Lava Jato que, segundo a Polícia Federal, buscou provas contra 11 operadores do esquema de corrupção na Petrobras que atuaram na Diretoria de Serviços da empresa durante a gestão do ex-diretor Renato Duque.
Duque foi preso em 14 de novembro do ano passado, na sétima fase da Operação Lava Jato e solto no início de dezembro. O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, chegou a emitir parecer favorável a nova prisão de Renato Duque, por entender que existia o risco dele fugir do país para escapar do julgamento.