STJ mantém Witzel afastado do governo do Rio por 6 meses
Governador é acusado de participar de esquema de corrupção
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) formou maioria nesta quarta-feira (2) para manter o afastamento do governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), por seis meses.
Ao todo, 10 ministros da Corte Especial votaram pela manutenção da decisão de Benedito Gonçalves, que em seu despacho determinou o afastamento por 180 dias após pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR).
No último dia 26 de maio, Witzel foi alvo da Operação Placebo e foi denunciado por corrupção. Ele é acusado de participar de um esquema de desvio de recursos públicos que deveriam ser destinados ao combate da pandemia do novo coronavírus.
Além dele, também foram alvos a primeira dama, Helena Witzel; a empresa Iabas, que presta serviços de saúde ao estado, entre outras pessoas. Os policiais federais fizeram buscas no Palácio Laranjeiras, residência oficial do governador, e na casa da família Witzel, no bairro do Grajaú.
O julgamento ocorreu na Corte Especial, colegiado do STJ composto pelos 15 ministros mais antigos do tribunal, e onde são julgados processos envolvendo autoridades com foro por prerrogativa de função.
No início da tarde, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli, negou pedido feito pela defesa de Witzel para suspender o julgamento no STJ. Na decisão, Toffoli entendeu que o Supremo não pode interferir na deliberação do tribunal antes da decisão. (ANSA- Com informações da Agência Brasil) .