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STJ pede investigação sobre suposto vazamento de operação contra Witzel

27 mai 2020 - 11h23
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O ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Benedito Gonçalves pediu, nesta quarta-feira, que o Ministério Público Federal (MPF) investigue o suposto vazamento da operação deflagrada na véspera pela Polícia Federal que teve como um dos alvos o governador do Rio de Janeiro, Wilzon Witzel (PSC).

Carros da PF na saída do Palácio Laranjeiras, residência oficial do governador do Rio de Janeiro
26/05/2020
REUTERS/Pilar Olivares
Carros da PF na saída do Palácio Laranjeiras, residência oficial do governador do Rio de Janeiro 26/05/2020 REUTERS/Pilar Olivares
Foto: Reuters

Na segunda-feira, um dia antes da operação ser realizada, a deputada bolsonarista Carla Zambelli (PSL-SP) afirmou, em entrevista à rádio Gaúcha, que alguns governadores já estariam sendo investigados pela PF e que nos próximos meses o país veria uma séria de escândalos na aquisição de equipamentos para combate ao novo coronavírus, o que chamou de operação "Covidão".

A afirmação de Zambelli levantou suspeitas de que a operação que envolveu Witzel, hoje um dos maiores rivais políticos do presidente Jair Bolsonaro, pudesse ter sido vazada antes de ser iniciada.

Em nota divulgada pelo STJ, o ministro afirma que, "caso seja confirmado o vazamento, será necessário responsabilizar penalmente o autor da conduta ilícita, como forma de não prejudicar a integridade das instituições."

Zambelli afirmou depois da deflagração da operação que não estava antecipando uma ação da PF, mas que há informações de superfaturamento em vários Estados e que isso obviamente seria levado à Polícia Federal.

"Não preciso de nenhuma informação privilegiada para saber disso. Tem informações públicas sobre a compra desses equipamentos", disse em entrevista à CNN Brasil, sem responder sobre o porquê de dizer que governadores já estariam sendo investigados. "Eu não sabia, eu falei como cidadã", completou.

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