Suposto líder de facção responsável por ataques no RN é morto pela polícia
Suspeito foi encontrado na zona rural do município de Icapuí, no Ceará, mas coordenava ataques em Mossoró, no Rio Grande do Norte
Um homem de 29 anos, identificado pela polícia como líder de facção que comandava ataques no Rio Grande do Norte, foi morto em confronto com policiais na manhã desta terça-feira, 21. O suspeito se chamava Francisco Alisson de Freitas, mais conhecido como "Nazista", e foi encontrado na zona rural do município de Icapuí, no Ceará.
A ação foi realizada pela Polícia Civil do RN em parceria com a Polícia Militar do Ceará. E, segundo os policiais, Francisco teria atirado contra os policias durante a operação. "Foi alvejado e faleceu no hospital, após ser socorrido. Foram apreendidas com ele uma arma de fogo e munições", disse a nota emitida pela corporação.
De acordo com as investigações, o suspeito era uma das lideranças da facção criminosa com atuação em presídios do Estado, sendo responsável por coordenar os ataques no município de Mossoró (RN). Na última quarta-feira, 15, a Polícia Civil realizou uma operação em um lava a jato pertencente à Francisco, em Mossoró, onde foram apreendidos quase 100 litros de gasolina e munições.
Onda de violência no Rio Grande do Norte
O Rio Grande do Norte está vivendo uma série de ataques, que já atingiu mais de 50 cidades, e estariam sendo ordenados por membros da facção criminosa chamada Sindicato do Crime, que está presente em bairros periféricos dos principais municípios do Estado.
Os crimes teriam sido motivados pelas más condições dos presídios do RN. Em vistorias a cinco prisões do Estado, o Mecanismo Nacional de Prevenção e Combate à Tortura (MNPCT), órgão ligado ao Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania, encontrou evidências de torturas físicas e psicológicas, falta de alimentação, desassistência em saúde e superlotação, entre outras violações dos direitos.
Especula-se ainda que as duas quadrilhas rivais, Sindicato e PCC, teriam dado uma trégua no conflito para reivindicar melhorias no sistema carcerário por meio de ataques violentos à sociedade civil e serviços públicos.