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Suspeito de atirar rojão pode ter sido coagido a depor, afirma advogado

13 fev 2014 - 15h49
(atualizado às 15h58)
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<p>Jonas Tadeu Nunes, advogado dos dois suspeitos de participa&ccedil;&atilde;o na morte do cinegrafista da Bandeirantes (foto de arquivo)</p>
Jonas Tadeu Nunes, advogado dos dois suspeitos de participação na morte do cinegrafista da Bandeirantes (foto de arquivo)
Foto: Daniel Ramalho / Terra

O advogado dos acusados de terem atingido o cinegrafista da TV Bandeirantes com um rojão na semana passada questionou o depoimento de Caio de Souza à polícia, divulgado em parte pelo jornal Extra nesta quinta-feira. Para Jonas Tadeu Nunes, o jovem, identificado pela polícia como o responsável por acender o rojão que vitimou o cinegrafista Santiago Andrade, pode ter sido coagido a depor uma vez que já havia manifestado o desejo de falar apenas em juízo.

"Não sei por que a policia iria tomar o depoimento do meu cliente que se reservou o direito de ficar calado”, afirmou Jonas Tadeu, que disse não ter sido avisado pela polícia que Caio seria ouvido. “O depoimento não foi dado ao delegado titular, eu não sabia disso. Não sei se houve uma coação por parte de qualquer outro policial para ele falar, se o procedimento foi correto ou não. Se houve uma coação, é mais uma confusão nisso tudo”, reiterou o advogado.

<p>Caio de Souza, investigado por utilizar artefato explosivo que matou cinegrafista no Rio de Janeiro</p>
Caio de Souza, investigado por utilizar artefato explosivo que matou cinegrafista no Rio de Janeiro
Foto: Reprodução

Segundo o jornal, Caio disse em depoimento a agentes da 17ª Delegacia de Polícia e a agentes da Secretaria Estadual de Administração Penitenciária (Seap) que Fábio Raposo, outro jovem suspeito de participação no crime, o atiçou para disparar o artefato, falando “Solta, solta...”; no momento em que entregou lhe o rojão, o tatuador teria dito ainda “acende aí”. Porém, segundo a versão de Caio, quem acendeu o explosivo foi o próprio Fábio. Caio teria apenas segurado o artefato e o colocado no chão já aceso.

O advogado não soube, no entanto, precisar quais serão os rumos tomados pela defesa – ele está à frente dos dois casos e as declarações contrariam a versão dos fatos apresentada por Raposo anteriormente. Jonas Tadeu limitou-se a dizer que precisa se informar melhor sobre a questão. Ele deve se reunir hoje à tarde com os jovens, presos provisoriamente no Complexo de Gericinó, em Bangu.

Fonte: Terra
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