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Tasso lança candidatura à presidência do PSDB

8 nov 2017 - 14h36
(atualizado às 15h38)
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Senador Tasso Jereissati fala com governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, durante reunião do PSDB em Brasília 
12/6/2017 REUTERS/Ueslei Marcelino
Senador Tasso Jereissati fala com governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, durante reunião do PSDB em Brasília 12/6/2017 REUTERS/Ueslei Marcelino
Foto: Reuters

O presidente interino do PSDB, senador Tasso Jereissati (CE), lançou nesta quarta-feira sua candidatura para o comando do partido com um discurso de união da legenda e destacou que até a convenção partidária, prevista para o dia 9 dezembro, os tucanos vão decidir se rompem com o governo do presidente Michel Temer e entregam os cargos.

Em discurso, o tucano disse que se enganam aqueles que dizem haver uma disputa ou um racha no PSDB. Ao contrário, disse que isso é sinal de vitalidade da legenda.

"Estou colocando meu nome não é para rachar, é para unir. Mas não adianta unir aqui e ficar distante do povo. Temos que ficar conectados com a população, que é tudo que um partido político precisa", disse ele, ao defender que está em busca de uma convergência e não uma unanimidade. Ao parafrasear o escritor Nelson Rodrigues, ele disse que toda a unanimidade é burra.

Por ora, Tasso, da ala da legenda que vem pregando a saída do governo Temer há meses, vai concorrer ao posto contra o governador de Goiás, Marconi Perillo, que apresentou o seu nome para a eleição na semana passada. Perillo é apoiado pelo presidente licenciado do partido, senador Aécio Neves (MG), aliado do Palácio do Planalto.

Conforme reportagem da Reuters publicada na semana passada, aliados do governador Geraldo Alckmin, principal nome do PSDB ao Planalto em 2018, estão receosos de que a guerra interna pelo controle da legenda no próximo ano possa dificultar a costura da candidatura ou até mesmo a formação de uma ampla aliança de partidos em torno dele.

Há um temor de que a candidatura de Tasso ao comando efetivo do PSDB afaste o PMDB --partido de Temer e a maior legenda do país-- de uma aliança com Alckmin.

O presidente interino do PSDB disse que a saída dos ministros tucanos do governo será definida até a convenção partidária. Hoje o partido tem quatro pastas, duas das quais muito assediadas por aliados após a rejeição das duas denúncias contra Temer: a Secretaria de Governo, com o deputado Antonio Imbassahy (BA), e das Cidades, com o deputado Bruno Araújo (PE).

Segundo Tasso, sem citar o escândalo que envolveu Aécio Neves e investigações que envolvem vários tucanos na operação Lava Jato, o PSDB foi o partido que "menos sofreu" com os escândalos que assolaram o país nos últimos anos. Ele disse que isso ocorreu porque a legenda é o que tem "os melhores quadros" do Brasil.

O lançamento da candidatura de Tasso ocorreu na liderança do partido do Senado e contou com a presença de parte das bancadas de parlamentares do partido nas duas Casas Legislativas.

O senador disse que vai apresentar na próxima semana um novo código de ética do partido, que será "bastante rigoroso". Afirmou também que haverá um programa de compliance interno a fim de acompanhar e fiscalizar toda a legalidade e atos dos membros da legenda.

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