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Temer diz que protestos contra são "pequenos e depredadores"

4 set 2016 - 09h36
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O presidente Michel Temer classificou ontem  (3) de "pequenos e depredadores" os protestos que ocorreram nos últimos dias contra o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff em algumas cidades brasileiras. De acordo com ele,  as manifestações são reações naturais diante do momento "politicamente complicado", mas não comprometem o início do governo porque são promovidas por "40 pessoas que quebram carro".

"É natural que alguns grupos se reúnam para protestar. Agora, foram grupos pequenos e depredadores. Não foi uma manifestação democrática. Uma manifestação democrática é aquela que eventualmente pode sair às ruas e pregar uma ideia", disse Temer
"É natural que alguns grupos se reúnam para protestar. Agora, foram grupos pequenos e depredadores. Não foi uma manifestação democrática. Uma manifestação democrática é aquela que eventualmente pode sair às ruas e pregar uma ideia", disse Temer
Foto: Beto Barata/PR

Temer está na China, onde p vai participar da Cúpula de Líderes do G-20 (grupo das 20 maiores economias do planeta). Neste sábado, ele se encontrou com o diretor-geral da Organização Mundial do Comércio, o brasileiro Roberto Azevêdo.

"É natural que alguns grupos se reúnam para protestar. Agora, foram grupos pequenos e depredadores. Não foi uma manifestação democrática. Uma manifestação democrática é aquela que eventualmente pode sair às ruas e pregar uma ideia", disse.

Protestos contra o governo

Ao ser perguntado se considera que os protestos podem comprometer o início do seu governo, ele respondeu: "As 40 pessoas que quebram carro? Tem que perguntar para os 204 milhões de brasileiros e para os membros do Congresso Nacional".

Na avaliação do presidente, depredações não estão previstas na "ordem normativa". Ele disse ser natural a ocorrência de manifestações. "Até me surpreenderia se houvesse unanimidade, e a unanimidade não é inteligente. Eu gostaria que você me fizesse essa pergunta [sobre a popularidade] daqui a dois anos. Muitas vezes há também um desconhecimento", disse.

"Não há uma norma legal que autorize a depredação. O que está acontecendo lá são movimentos depredatórios", afirmou, complementando que, apesar dos apelos que tem feito nos últimos meses por um governo de união nacional, "pacificar logo no primeiro dia é absolutamente impossível".

Temer também concedeu entrevista a jornalistas chineses na cidade de Hangzhou, onde participará nos próximos dias da 11ª Cúpula do G20. Ontem, ele teve um encontro bilateral com o presidente da China, Xi Jinping.

Desde a última quarta-feira (31), quando os senadores condenaram Dilma por crime de responsabilidade, Temer foi alvo de protestos em Recife, Belo Horizonte, Rio de Janeiro e Salvador. Em São Paulo, manifestantes também têm ido às ruas contra a violência policial após uma estudante ter sido atingida no olho.

Agência Brasil Agência Brasil
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