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Temer e Maia se reúnem em jantar após polêmica sobre PSB

19 jul 2017 - 07h42
(atualizado às 07h57)
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Michel Temer e Rodrigo Maia após jantar na noite de terça-feira
Michel Temer e Rodrigo Maia após jantar na noite de terça-feira
Foto: Reuters

O presidente Michel Temer e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), se reuniram em um jantar na noite de terça-feira após o surgimento de uma polêmica sobre tentativas de ambos cooptarem deputados da bancada do PSB para seus respectivos partidos, no momento em que Temer enfrenta uma denúncia por crime de corrupção passiva em tramitação no Congresso.

O presidente do PSB, Carlos Siqueira, acusou Temer e Maia de tentarem levar deputados da bancada socialista para seus partidos, PMDB e DEM, em vez de trabalhar em favor da recuperação do país.

Desde que veio à tona à delação da JBS implicando Temer há dois meses, a direção do partido decidiu romper com o governo. Contudo, um grupo de deputados e senadores do PSB, juntamente com o ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, não seguiu a orientação partidária e continua a apoiar o governo.

Diante do racha no PSB, tanto Temer como Maia estariam buscando a filiação dos socialistas a seus partidos.

O presidente da Câmara é o primeiro na linha sucessória e assumiria a Presidência caso Temer seja afastado do cargo em decorrência da denúncia de corrupção. Maia tem afirmado lealdade a Temer, mas nos bastidores já estaria discutindo as bases de um eventual governo a ser comandando por ele no caso do afastamento do peemedebista.

Após o jantar, realizado na residência oficial da presidência da Câmara, o líder do governo na Casa, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), garantiu que não existe qualquer problema entre Temer e Maia.

"O que existe é muito ruído em que se tenta jogar um contra o outro, mas a maturidade dos dois não permite que isso possa comprometer a relação. Isso não vai pegar", disse o deputado a repórteres, segundo sites de jornais.

Temer será afastado caso 342 deputados votem a favor de autorizar o Supremo Tribunal Federal a analisar se aceita ou rejeita a acusação do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e se o STF aceitar a denúncia. A votação no plenário da Câmara está marcada para 2 de agosto.

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