'Tenho lado e vou me pronunciar no momento certo', diz Simone Tebet
Terceira colocada na disputa presidencial afirmou que não irá se omitir em relação ao apoio para o segundo turno, mas que aguardará 48 horas por decisão da coligação.
A candidata do MDB à Presidência, Simone Tebet, se pronunciou na noite deste domingo (2/10) e afirmou que "jamais" se omitiria em relação ao segundo turno entre Jair Bolsonaro (PL) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
"Há muito, sim, o que refletir, mas jamais nos omitir", disse, pouco após o resultado do pleito. Simone teve cerca de 4,2% dos votos válidos na disputa, aproximadamente 4,9 milhões de votos.
"A vontade soberana do povo brasileiro se fez presente nas urnas. O povo falou através do voto. E nós, obviamente, acatamos a vontade soberana do povo", declarou Tebet sobre o seu desempenho na disputa, ao lado de sua vice, Mara Gabrilli (PSDB).
"As urnas nos trazem uma reflexão. É preciso entender o recado", afirmou Tebet.
Ela pediu que os presidentes dos partidos da sua coligação tomem a decisão sobre o apoio no segundo turno em até 48 horas.
"Só não esperem de mim, eu que tenho uma trajetória de vida de luta nesse país que tanto precisa de nós, não esperem de mim omissão. Tomem logo uma decisão, porque a minha já está tomada", disse.
"Eu tenho um lado e vou me pronunciar no momento certo", acrescentou.
"Eu vou me pronunciar (sobre o apoio no segundo turno), porque tenho a responsabilidade, junto com a Mara, não porque tivemos 4,2%, mas porque representamos também uma grande parte do eleitorado e da população brasileira que são as mulheres", declarou Tebet.
Chapa feminina
Durante a coletiva, Tebet também citou que sua candidatura com Mara Gabrilli foi fruto de "muita resiliência".
"Apesar de tudo e contra tudo e contra todos, saímos do zero, demos a cada dois passos um passo para trás. A todo momento tínhamos que justificar que nossa candidatura é para valer, que nossa candidatura seria homologada no colégio dos partidos políticos", disse.
Ela também afirmou que ficou muito feliz com o resultado que obtiveram.
"Mais que uma campanha eleitoral, era uma campanha política, uma trajetória de marcar posições, de que daqui pra frente as mulheres brasileiras não vão mais ser eco, vão ser vozes na política brasileira", declarou.